Túnel feito para roubar cofre paraguaio tinha armadilhas com explosivos; veja detalhes

O plano começou a ser executado em 2022, mas o assalto milionário ocorreu neste ano. Policial que atravessou o túnel relata dificuldade para respirar em espaço de apenas 70 centímetros. Túnel feito para roubar cofre paraguaio tinha armadilhas com explosivos
O Fantástico deste domingo (11) mostrou detalhes do crime que levou milhões de cofres da Associação dos Cambistas Paraguaios, em Cidade do Lete, na fronteira do Paraguai com o Brasil. Bandidos construíram um túnel por mais de um ano sem que ninguém percebesse.
Os investigadores descobriram que os ladrões colocaram o plano em prática no fim de 2022. A quadrilha alugou um imóvel e montou um negócio de fachada: uma loja que vendia camisetas esportivas durante o dia e à noite o lugar servia como base para construir o túnel, centímetro a centímetro.
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O túnel entre a loja e o cofre da associação tem 180 metros de comprimento e passa por baixo de um banco. Segundo a polícia paraguaia, os criminosos deixaram explosivos como armadilha, que só não foram detonados com a presença deles porque faltou um conector no sistema.
“Era muito arriscado trabalhar em um espaço tão pequeno. Por que são explosivos muito sensíveis”, diz o suboficial Antônio Burgos.
Na primeira parte são 100 metros num espaço de mais ou menos 70 cm de altura por 70 cm de largura, onde só é possível rastejar.
Policiais levaram 3 horas para atravessar o túnel.
TV Globo/Reprodução
No trecho em que o terreno é mais rochoso, fizeram uma pequena curva e em seguida começaram as escavar os últimos 27 metros para cima, numa subida íngreme até chegar à sala do cofre da associação dos cambistas.
Ainda não se sabe exatamente quanto os ladrões levaram. As estimativas variam de US$ 2 milhões e US$ 16 milhões, o que chegaria ao equivalente a R$ 80 milhões. Essa diferença tem a ver com o que foi relatado pelos próprios doleiros até agora.
Suspeitos brasileiros
Os investigadores paraguaios dizem que já identificaram três suspeitos. O casal que alugou o imóvel e um homem que teria ligação com o PCC, facção criminosa envolvida em vários assaltos a banco no Brasil.
A Polícia Federal brasileira já auxilia nas investigações e monitora outros dois suspeitos, também ligados ao PCC, que seriam os chefes do ataque à associação dos cambistas. Um deles já foi preso por assalto a banco e o outro é investigado por tráfico de armas.
“Essas pessoas têm ligação comprovada com a organização criminosa, né? Então, nós estamos investigando a possibilidade de que eles teriam orquestrado esse furto”, revela o delegado brasileiro.
Os investigadores já sabem que no período de construção do túnel eles cruzaram várias vezes a fronteira com o Paraguai.
Veja a reportagem completa no vídeo abaixo:
Bandidos constroem túnel e roubam milhões no Paraguai

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