Drag queen brasileira traz amigos alemães para fazer tour pelos carnavais de SP e Rio


Catherrine Leclery viaja com grupo de turistas para que eles conheçam um pouco da cultura do carnaval; na próxima segunda-feira (12), ela desfila pela Mangueira, no Rio, em homenagem a Alcione. Drag queen mostra carnaval do Brasil a estrangeiros
Gabriel Gabira/TV Globo
A drag queen Catherrine Leclery mora em Colônia, na Alemanha, há 27 anos. No entanto, todos os anos, a pedido dos amigos alemães, junta um grupo para viajar ao Brasil e mostrar o carnaval. Eles já estão acostumados com os desfiles de Colônia, que é um dos maiores carnavais da Europa. Mas ela garante que o do Brasil é, de fato, o maior espetáculo da Terra.
“A maior diferença é que, em Colônia, o carnaval é durante o dia e é muito frio. Eu amo isso aqui, o samba, o carnaval brasileiro. Eu não fico na Alemanha. Sempre venho para o Brasil e os trago para conhecer”, conta ela.
Depois dos dois dias de desfiles em São Paulo, eles acompanham as escolas de samba do Rio de Janeiro e, em seguida, partem para uma viagem de descanso pelo Nordeste.
No Rio, o tour não será apenas para assistir. Catherrine é amiga da cantora Alcione, que será homenageada pela Mangueira no desfile da próxima segunda-feira (12), com o enredo “A negra voz do amanhã”, e vai participar da ala dos “Amigos de Marrom”.
Drag queen mostra carnaval do Brasil a estrangeiros
Gabriel Gabira/TV Globo
A drag destaca o cuidado que toma durante a viagem com os amigos estrangeiros. “Eu não trago mais de quatro, porque eu me sinto responsável por eles. Eu tenho que levá-los de volta. Infelizmente, a segurança no Brasil não é muito boa”, lamenta ela.
Erik Tenberken, farmacêutico, é um dos amigos alemães que acompanham a drag queen nesta viagem. Ele veio ao Brasil pela primeira vez em 1971 e se apaixonou pela folia do Recife. Desde então, visita o país em quase todo carnaval. Além de São Paulo e Recife, já foi para Olinda e Rio de Janeiro. Erik chegou ao Brasil na última quinta-feira (8) e vai acompanhar Catherrine na tour pelo país durante três semanas.
“É a minha segunda vez em São Paulo. Ano passado estive aqui, conheci o Anhembi e me apaixonei. É um pouco menor do que no Rio de Janeiro, então, acho que é mais fácil para transitar, conversar e conhecer pessoas. Eu prefiro aqui. Eu consigo ficar bem perto de tudo, ver tudo”, destaca Erik.
Ele também conta que aprendeu todas as regras dos desfiles das escolas de samba, sabe quanto tempo demora o percurso, o que a bateria faz e espera continuar voltando todos os anos ao Brasil.
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