
Casos de descontos não autorizados em benefícios do INSS têm gerado preocupação entre aposentados e pensionistas em todo o Brasil. Recentemente, a Advocacia-Geral da União (AGU) tomou medidas para que as vítimas dessas fraudes possam ser ressarcidas de forma mais ágil, sem a necessidade de recorrer ao Judiciário. A iniciativa busca proteger os segurados e evitar a sobrecarga dos tribunais com processos semelhantes.
O pedido da AGU foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) no contexto da Operação “Sem Desconto”, que investiga esquemas de fraude envolvendo descontos indevidos em benefícios previdenciários. A proposta central é permitir que a devolução dos valores desviados seja feita por via administrativa, facilitando o acesso dos beneficiários lesados ao ressarcimento.
Como funciona o ressarcimento administrativo para vítimas de fraude no INSS?
O ressarcimento administrativo consiste em um procedimento interno realizado pelo próprio órgão responsável, neste caso, o INSS, para devolver valores descontados de forma irregular dos benefícios. Com essa medida, os segurados não precisam ingressar com ações judiciais para reaver o dinheiro, tornando o processo mais rápido e menos burocrático.
Segundo a AGU, a suspensão do prazo de prescrição é fundamental para garantir que as vítimas não sejam prejudicadas enquanto aguardam a devolução dos valores. Isso significa que o tempo limite para solicitar o ressarcimento só voltará a contar após a conclusão do procedimento administrativo, protegendo o direito dos beneficiários.
Por que a AGU pediu crédito extraordinário fora do teto de gastos?
Para viabilizar a devolução dos valores desviados, a AGU solicitou ao STF autorização para que o governo federal abra crédito extraordinário, ou seja, recursos adicionais que não estejam sujeitos às limitações do teto de gastos públicos. Essa solicitação tem como objetivo garantir que o ressarcimento seja realizado sem comprometer outras áreas do orçamento federal.
O pedido segue precedentes já autorizados pelo STF em situações excepcionais, como o pagamento de precatórios e medidas emergenciais após desastres naturais. A liberação desses recursos permitirá que o INSS devolva rapidamente os valores aos beneficiários lesados, sem depender de trâmites orçamentários tradicionais.

Quais são os próximos passos para os beneficiários do INSS afetados por descontos indevidos?
O pedido da AGU será analisado pelo ministro Dias Toffoli, do STF, que já atua em processos relacionados ao tema. Caso a solicitação seja aceita, os segurados poderão solicitar o ressarcimento diretamente ao INSS, sem a necessidade de acionar a Justiça. A expectativa é que essa medida reduza a judicialização e traga mais eficiência ao atendimento das vítimas de fraude.
- Verificação dos descontos: Beneficiários devem conferir regularmente seus extratos de pagamento para identificar possíveis descontos não autorizados.
- Solicitação de ressarcimento: Caso identifiquem irregularidades, os segurados poderão solicitar a devolução dos valores diretamente ao INSS, seguindo orientações que serão divulgadas após a decisão do STF.
- Acompanhamento do processo: É importante acompanhar o andamento do pedido junto ao órgão responsável para garantir que o ressarcimento seja efetivado.
O combate às fraudes em benefícios previdenciários é uma prioridade para as autoridades, especialmente diante do aumento de casos registrados nos últimos anos. A adoção de mecanismos administrativos para devolução dos valores representa um avanço na proteção dos direitos dos aposentados e pensionistas, além de contribuir para a eficiência do sistema previdenciário brasileiro.
O post Cuidado! Golpistas do INSS usam novo método apareceu primeiro em BM&C NEWS.