
Uma tendência em alta no mercado imobiliário é o aluguel de curta temporada, também conhecido pelo termo em inglês “short stay”. As estatísticas divulgadas nos últimos anos mostram isso. Na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, que concentra um dos maiores fluxos turísticos do país, por exemplo, as plataformas de aluguel como a Airbnb fizeram com que a oferta de imóveis residenciais para aluguel com contratos mais longos caísse quase 30% em dois anos. Além disso, o valor do metro quadrado subiu 17% no mesmo período.
Regramento legal e mercado promissor
O fenômeno é tão abrangente que o Congresso Nacional se debruça sobre a necessidade de normatização do modelo de negócio, a fim de aparar arestas que envolvem a convivência condominial com os moradores ocasionais, direito à privacidade, direito de propriedade, etc.
Sem entrar no mérito da discussão, não há dúvida de que a normatização será importante, mas o fato é que short stay veio para ficar. O interesse se dá em função, antes de mais nada, de que o modelo oferece maior rentabilidade em comparação ao aluguel tradicional. Nesse quesito, cidades como Itapema e Itajaí, em Santa Catarina, e Vila Velha, no Espírito Santo, lideram o ranking nacional de retorno sobre investimento, com índices que ultrapassam 15% ao ano.

Comportamento pós pandemia
Outro fator para o sucesso são a flexibilidade para os proprietários, a busca por experiências diferenciadas para os locatários, e também fatores comportamentais que vieram no pós pandemia, como o aumento de viagens de lazer e o crescimento do trabalho remoto. Com isso, não apenas para alugar, mas para moradia eventual, essas novas unidades atraem cada vez mais interesse, em especial do público mais jovem.
Esse cenário sinaliza novas oportunidades tanto para investidores quanto para incorporadoras, que se voltam a projetos alinhados a esses movimentos do mercado. Aqui no Espírito Santo, a Sipolatti.Inc identificou a demanda e é uma das primeiras empresas capixabas a focar seus produtos com esse objetivo. O retorno comprovou que eles estavam certos. O primeiro empreendimento lançado na Praia da Costa, em Vila Velha, vendeu 100% das unidades em 60 dias. A previsão de entrega é 2026.

Diante do tiro certeiro, a incorporadora lançou um segundo produto, o Itaparica Living Suits, na Praia de Itaparica, também em Vila Velha. “Há uma grande tendência por apartamentos integrados, modernos e versáteis, que ofereçam uma série de comodidades aos seus residentes, como uma residência de curta permanência. Esse tipo de imóvel está valorizado por atender à crescente demanda por unidades para locação de curta temporada para o mercado corporativo e para o turismo. Ele também chega para atender a forte procura dos capixabas por empreendimentos residenciais mais rentáveis, com locações por diárias”, afirma Flávio Gianordoli, sócio e diretor Comercial da Sipolatti.Inc.
Vila Velha

O fato dos dois empreendimentos serem localizados em Vila Velha não é ao acaso. O município está no top list de locações, junto com as duas cidades do litoral catarinense citadas anteriormente, devido ao crescimento da atividade turística. A cidade também passa por grandes investimentos, como o retorno do Aquaviário, a realização de diversos eventos, a reforma do Parque da Prainha, Vila Madalena, Parque Morro do Moreno, Parque Sítio Batalha, a estrutura das praias e a presença de muitos bares e restaurantes, academias, supermercados, entre outros serviços essenciais.
Para Flávio Gianordoli, a localização assertiva é um requisito importante para este tipo de empreendimento. “Os projetos destinados à locação de curta e média permanência devem estar próximos a pontos turísticos, praia, comércio, clínicas, bancos, escolas e outros serviços que facilitem a vida do morador e permitam uma experiência agradável”, resume.