
O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (14) em alta, impulsionado por ventos positivos vindos do exterior e pelo otimismo cauteloso dos investidores locais. O índice avançou na esteira da trégua comercial entre Estados Unidos e China, com a suspensão temporária das tarifas sobre produtos eletrônicos chineses.
Segundo Leandro Martins, analista CNPI, o movimento traz alívio para os mercados, mas exige atenção redobrada: “O Ibovespa recupera a queda e está quase quebrando um nível de Fibonacci para mostrar que vai recuperar até o topo da região acima de 130 mil. Minha opinião é que a quebra dos 130 mil pontos é bem importante”.
Mesmo com o dólar recuando para a faixa de R$ 5,80 e a curva de juros apontando para baixo, Leandro chama atenção para os riscos: “O investidor vai ter que saber escolher um pouco mais. O petróleo não está reagindo ainda, e a Petrobras deixa novos gaps para depois. Eu ficaria com Petrobras de lado nesse momento”.
Entre os destaques do dia, a Azul liderou as altas após anunciar uma oferta pública para captar até R$ 4 bilhões e reforçar o caixa. Leandro comentou que, embora existam oportunidades, a escolha dos papéis deve ser feita com cuidado: “Tem melhores ativos. Tenho falado muito de Localiza (RENT3), com sequência de bandeiras de alta. E EcoRodovias também mudou de patamar”.
No cenário internacional, o alívio na tensão entre as potências econômicas anima as projeções para o restante do mês. Leandro destaca que o comportamento do mercado internacional será crucial para os próximos movimentos: “Se Trump com China acalmar os ânimos, tem tudo para a gente retomar o movimento no índice acima dos 130 mil para já mirar o topo histórico”.
Apesar do otimismo pontual, a recomendação de Leandro Martins é clara: o investidor precisa manter disciplina e foco na estratégia. “Na dúvida, não faz mal fazer a parcial”, aconselha o analista, reforçando a importância de realizar lucros gradualmente em operações vencedoras.
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