Sem cancela, pagamento por app e novos valores: veja o que muda com o pedágio eletrônico

A implementação do pedágio eletrônico, também conhecido como sistema free flow está mais perto de acontecer em rodovias concedidas à iniciativa privada no Brasil. Isso porque, nesta segunda-feira (14), o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) aprovou a resolução que atualiza as regras para a adoção do sistema.

Sistema free flow dispensa paradas em cabines de pedágio – Foto: Fernando Frazão Agência Brasil

O pedágio eletrônico permite que os motoristas passem pelos pontos de cobrança de pedágio sem precisar parar nas cabines para pagar a tarifa. Na prática, os usuários passam a pagar o pedágio diretamente pelo aplicativo Carteira Digital de Trânsito, acessível pela conta Gov.br.

O secretário Nacional de Trânsito do Ministério dos Transportes, Adrualdo Catão, explica que a concentração da notificação sobre a cobrança e o pagamento na plataforma digital vai melhorar a comunicação com usuários.

“Isso vai simplificar a vida do cidadão. Hoje, a grande reclamação é que o [usuário final] passa e não sabe bem onde tem que pagar. Agora, tudo vai estar totalmente centralizado: a informação da passagem e o local para pagamento”, destaca. O novo tipo de pedágio, aliás, deverá ser sinalizado com placas para avisar aos usuários sobre a modalidade.

A resolução também amplia o prazo de pagamento do pedágio de 15 para 30 dias, medica que deve começar a valer ainda nesta semana. Apenas depois de corridos os 30 dias a falta de pagamento será considerada infração grave, com multa de R$ 195 e cinco pontos na CNH.

Sistema de identificação e novo valor

Com o sistema free flow, as concessionárias devem adotar tecnologias que automatizem a cobrança, como conferência digital da placa, da imagem do veículo ou a tag colocada no para-brisa do carro.

Além disso, a resolução prevê nova forma de cobrança, na qual o motorista paga apenas pelo trecho percorrido, o que será possível com a instalação de mais pórticos de pedágio.

“O cidadão vai pagar por aquilo que usou. Hoje, a praça de pedágio tradicional não permite fazer [essa cobrança] porque precisa de uma estrutura muito maior. Então, quando a gente aprimora a regulamentação do free flow certamente estará barateando o uso da rodovia para o cidadão”, diz o secretário Adrualdo Catão.

Antes da extensão do free flow para todo o Brasil, o modelo foi testado por concessionárias de rodovias em Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Os resultados apontam, inclusive, mais fluidez no trânsito e queda na emissão de carbono.

*Com informações da Agência Brasil.

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