PF prende suspeito de deixar trabalhadores em situação parecida à escravidão para extração ilegal de minérios no rio Xingu, no Pará

Prisão em flagrante ocorreu após agentes federais encontrarem dois homens empregando uma mangueira de extração dentro do rio. PF flagra extração ilegal de minérios no rio Xingu, no Pará.
Reprodução / PF-PA
Um homem foi preso em flagrante pela Polícia Federal (PF) pelo crime de submeter trabalhadores a condições semelhantes a de escravo em extração ilegal de minérios no rio Xingu no Pará. A prisão foi na segunda-feira (19).
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Homem é preso por submeter trabalhadores a condições análogas a escravidão em Altamira
Segundo a PF, foi feita fiscalização em uma embarcação no leito do rio, quando os agentes federais identificaram dois trabalhadores extraindo areia e minerais sem autorização legal da Agência Nacional de Mineração (ANM). Eles também não estavam usando equipamentos de proteção adequados.
“Notavelmente, um dos trabalhadores foi encontrado submerso, empregando uma mangueira para a extração, no momento da abordagem”, informou a PF.
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Trabalhadores em situação semelhante à escravidão são encontrados pela PF no Pará.
Reprodução / PF-PA
Os dois indivíduos flagrados foram encaminhados à Delegacia da PF em Altamira. Após serem ouvidos, eles foram liberados.
Já o proprietário da embarcação, responsável pela operação de extração, foi preso em flagrante por violar regulamentações minerárias e por expor trabalhadores às condições desumanas. As penas dos crimes podem chegar ao patamar de dez anos de prisão, ainda segundo a PF.
A prática de extração mineral ilegal, particularmente a remoção de areia e outros minerais do rio sem a devida regulamentação, acarreta graves prejuízos ambientais. Este tipo de atividade altera significativamente a morfologia do rio, resultando em alterações na profundidade e nas margens.
A ação criminosa pode provocar inundações e ainda afetar negativamente a fauna aquática e terrestre que habita a região do Xingu.
O indivíduo detido foi encaminhado ao sistema penitenciário, onde permanece à disposição da Justiça.
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