Tem de tudo no setor de Achados e Perdidos de aeroportos brasileiros

O esquecimento de objetos em aeroportos é comum. E aumenta na época de férias, quando o movimento cresce nos terminais e as pessoas ficam mais agitadas.
Um levantamento feito nos aeroportos de 14 cidades brasileiras mostra que, em 2023, mais de 10 mil peças foram deixadas por passageiros em diferentes setores dos terminais.
Quando isso acontece, os objetos são encaminhados pelos funcionários para o Setor de Achados e Perdidos, que todos os aeroportos mantêm, com uma equipe para armazenar as peças por determinado período e atender quem aparece para buscá-las.
O levantamento sobre objetos esquecidos abrangeu os aeroportos de São Luís, Imperatriz, Palmas, Teresina, Petrolina, Goiânia, Curitiba, Londrina (foto), Foz do Iguaçu, Navegantes, Joinville, Pelotas, Uruguaiana e Bagé.
Só no aeroporto de Goiânia, mais de 2 mil objetos foram encontrados pelos corredores ou em instalações do terminal e levados para o depósito.
No setor de Achados e Perdidos, encontra-se de tudo. Entre os objetos , é comum haver objetos de uso pessoal, como sapatos, óculos e roupas.
Também é frequente o esquecimento de joias ou bijuterias. Geralmente, as mulheres retiram anéis na hora de lavar as mãos, no banheiro, e acabam esquecendo em cima da pia.
Há também objetos maiores, que não poderiam ser levados como bagagem de mão. E, portanto, são esquecidos antes mesmo que o passageiro faça o check-in para despachar a bagagem. É o caso de eletrodomésticos, como um AirFryer deixado por alguém no aeroporto de Goiânia.
Há também caixas para transporte de animais domésticos.
Outro objeto que chamou atenção recentemente foi uma imagem de Nossa Senhora Aparecida.
E houve quem esquecesse até o Martelo de Thor, o objeto que marca o poder do super-herói da Marvel;
Também deixaram uma cadeira de rodas largada no aeroporto e alguém levou para o setor de Achados e Perdidos. Assim como um carrinho de bebê e uma prancha!
Há casos também de esquecimento de notebooks , pois muita gente aproveita o tempo de espera no saguão para trabalhar, estudar ou se entreter no computador. E na hora do embarque se apressa e larga o equipamento.
Outra peça que costuma ser esquecida é carregador de celular, já que os terminais possuem tomadas para recarga. E as pessoas estão sempre em busca de uma tomada. Aí se distraem conversando ou lendo algo sobre a cidade de destino, pegam o celular correndo e vão embora sem o carregador.
Quem esquece objetos em aeroportos tem um prazo de até três meses para buscar.
O problema é que muita gente nem retorna para a cidade onde esqueceu o objeto. Muitas só percebem o esquecimento quando já estão no avião ou na cidade de destino da viagem.
Quem, porém, tem a chance de recuperar o objeto pode procurar o setor, se identificar e fornecer as informações que comprovem a propriedade da peça, como descrição, marca, cor, etc
Quando ninguém aparece para recuperar o objeto no Setor de Achados e Perdidos, a administração do aeroporto faz doação em massa para entidades de auxílio social.
Em 2023, mais de 10 mil itens foram doados para a Apae, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais. A entidade enviou caminhões aos terminais para a coleta dos objetos e fez uma triagem.
As peças de utilidade para uso diário foram mantidas nos escritórios da instituição Outros objetos foram encaminhados para bazares para serem vendidos. Assim, permitiram um acréscimo na renda da associação.
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