A União Europeia (UE) aprovou nesta terça-feira (20) o 17º pacote de sanções contra a Rússia, tendo como alvo principalmente o setor petrolífero, de produção de armas e equipamentos militares, incluindo drones. A aprovação do novo pacote de sanções foi anunciada pela chefe de política externa da UE, Kaja Kallas.
No total, foram atingidos 17 indivíduos e 58 entidades legais. Além disso, 189 embarcações consideradas como parte de uma “frota fantasma” utilizada pela Rússia para exportar petróleo também entraram na lista de restrições europeia.
“As novas medidas também visam ameaças híbridas e direitos humanos. Novas sanções contra a Rússia estão em andamento. Quanto mais tempo a Rússia travar a guerra, mais dura será a nossa resposta”, escreveu Kallas.
Os navios incluídos na lista de sanções estão proibidos de entrar nos portos da União Europeia. O número total de embarcações sancionadas chegou a 342, e o número de pessoas físicas sancionadas pela UE passa de 2,4 mil.
Além disso, o 17º pacote europeu de sanções também inclui uma lista separada relacionada à “proliferação e uso de armas químicas”, que atingem as Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica do Ministério da Defesa da Rússia e dois institutos de pesquisa departamentais.
Paralelamente, o Reino Unido também anunciou o endurecimento das sanções contra a Rússia, expandindo a lista de sanções em 82 itens, incluindo 20 indivíduos e 62 entidades. As restrições britânicas também tiveram como alvo navios petroleiros “fantasma”, usados para exportar petróleo russo em embarcações sob bandeiras de países terceiros acima do teto de US$ 60 (R$ 340) por barril estabelecido pelos países ocidentais.
“Os alvos mais recentes das sanções incluem entidades que apoiam a máquina militar, as exportações de energia e a guerra de informação da Rússia, bem como instituições financeiras que ajudam a financiar a invasão da Ucrânia por Putin”, declarou o governo britânico.
O mais recente pacote de sanções contra Moscou é confirmado um dia após uma conversa telefônica entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente dos EUA, Donald Trump. Além de discutir as perspectivas de resolução do conflito ucraniano, Trump afirmou que a Rússia está interessada em melhorar o comércio em larga escala com os EUA após o fim da guerra.
Os países ocidentais ameaçaram adotar o novo pacote de sanções contra a Rússia nos dias que antecederam as negociações entre Moscou e Kiev, em Istambul, em 16 de maio. Kiev e seus aliados exigiram que uma trégua no conflito seja adotada incondicionalmente por um período de 30 dias. A Rússia, por sua vez, alega que as partes primeiro têm que sentar para negociar, depois encontrar os termos para um cessar-fogo.
