
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), desenvolve tecnologias voltadas à ampliação da autonomia de pessoas com deficiência. A iniciativa ocorre por meio do projeto de extensão Fabricando Tecnologia Assistiva (Fabta), que tem produzido equipamentos personalizados para atender pacientes nas unidades hospitalares da instituição.
Segundo informações disponíveis no site do Governo do Brasil, o projeto foi criado em 2022 pelos professores Carolina Alonso e Anael Alves. A proposta reúne saberes das áreas de terapia ocupacional e design industrial, especialidades dos idealizadores, e atualmente conta com 18 bolsistas. Os equipamentos produzidos buscam atender demandas específicas de cada paciente, com o uso de tecnologias como impressoras 3D e máquinas de corte, o que permite soluções de baixo custo e rápida execução.
Atendimento e Localização dos Projetos
Até o momento, cerca de 30 pacientes foram atendidos no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), localizado na Cidade Universitária. Mais recentemente, os atendimentos passaram a ocorrer também no Instituto de Neurologia Deolindo Couto (INDC), no campus da Praia Vermelha.
A proposta do Fabta é voltada ao desenvolvimento de produtos que contribuam para a realização de atividades cotidianas, como pentear o cabelo, manusear talheres ou utilizar chaves. Os itens são elaborados de forma individualizada e têm como base as necessidades funcionais e simbólicas dos usuários.
O projeto mantém parceria com o Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento de Micros, Pequenas e Médias Empresas (Propme), vinculado à Coppe/UFRJ. De acordo com os coordenadores, o trabalho conjunto busca também considerar aspectos simbólicos e estéticos dos equipamentos. “Quando a gente quer um produto para a gente, quer ter orgulho daquilo que está usando. Principalmente se aquilo aponta para uma diferença”, afirma Anael Alves, em declaração publicada no site do Governo Federal.
Expansão e Envolvimento Acadêmico
A iniciativa surgiu inicialmente como uma disciplina conjunta entre os dois professores. Com o tempo, passou a envolver estudantes de graduação em Terapia Ocupacional e Design Industrial, além de pós-graduandos em Engenharia de Produção. Há expectativa de ampliação do projeto com a abertura de um ambulatório no INDC, o que poderá viabilizar novas vagas de estágio e ampliar o atendimento.
Para Carolina Alonso, a atuação da terapia ocupacional envolve mais do que a entrega de dispositivos. “Fazer produto é muito legal, mas é fundamental o acompanhamento da terapia ocupacional”, destacou.