
O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira, em alta. O índice foi impulsionado por declarações do Banco Central e pelo desempenho positivo de ações de empresas relevantes, como JBS, Embraer e Lojas Renner. O dólar comercial recuou frente ao real, em meio a um ambiente externo de maior aversão ao risco.
Ibovespa atinge novo recorde histórico
O principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) subiu 0,32% e fechou aos 139.636,41 pontos, atingindo a maior pontuação de fechamento da história. Durante a sessão, o índice chegou a superar a marca simbólica dos 140 mil pontos na máxima intradiária, registrando 140.203,04 pontos, antes de recuar levemente no encerramento do dia.
Declarações do Banco Central influenciam os mercados
As falas do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, tiveram impacto significativo no humor do mercado. Galípolo afirmou que é coerente manter a taxa básica de juros em patamar elevado por um período mais prolongado, diante das incertezas globais e da necessidade de ancoragem das expectativas inflacionárias. A sinalização reforçou a confiança dos investidores na condução da política monetária brasileira.
Dólar comercial fecha em queda
O dólar comercial recuou 0,25%, sendo cotado a R$ 5,6552 ao final do pregão. A desvalorização da moeda norte-americana ocorreu após a agência de classificação de risco Moody’s rebaixar a nota de crédito dos Estados Unidos de “Aaa” para “Aa1”, citando os crescentes déficits fiscais e os altos custos de refinanciamento da dívida pública americana.
Esse cenário contribuiu para uma valorização das moedas de mercados emergentes, como o real.
Principais altas: JBS, Embraer e Lojas Renner
As ações da JBS (JBSS3) lideraram os ganhos do dia, com valorização de 3,06%, em meio a especulações sobre uma possível listagem adicional da empresa em bolsas internacionais.
Outros destaques positivos entre as ações que compõem o Ibovespa incluíram:
- Embraer (EMBR3): +2,76%
- Lojas Renner (LREN3): +2,62%
- Fleury (FLRY3): +2,55%
Principais quedas: Marfrig e Banco do Brasil
Na ponta negativa, os papéis da Marfrig (MRFG3) caíram 6,42%, realizando lucros após a forte alta da semana anterior, quando surgiram rumores de uma eventual fusão com a BRF.
O Banco do Brasil (BBAS3) também recuou, com queda de 2,45%, refletindo a repercussão negativa dos resultados do primeiro trimestre, que ficaram aquém das expectativas dos analistas.
Perspectivas para os próximos dias
A quebra de resistências técnicas e o aumento no volume de negociações são interpretados por analistas como sinais consistentes de continuidade da tendência de alta do Ibovespa. Entretanto, há cautela quanto à possibilidade de uma correção de curto prazo, dada a condição de sobrecompra do índice.
O cenário fiscal dos Estados Unidos, as decisões de política monetária local e os próximos indicadores macroeconômicos devem seguir no radar dos investidores ao longo da semana.
Considerações finais
O mercado financeiro brasileiro iniciou a semana com viés positivo. O novo recorde do Ibovespa, a queda do dólar e o bom desempenho de empresas-chave demonstram um ambiente de confiança, embora os agentes econômicos permaneçam atentos aos riscos globais e à evolução da política monetária doméstica.
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