
Na última quinta-feira (15), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou a presença do vírus da gripe aviária em uma granja de aves comerciais do Rio Grande do Sul, no município de Montenegro.
A última vez que o vírus foi detectado no país foi em 2006. A circulação do vírus está concentrada, principalmente, na Ásia, África e no Norte da Europa.
LEIA TAMBÉM:
- Internações por inflamações intestinais cresceram 61% em dez anos
- Mais de 115 mil eleitores no ES podem ter título cancelado; prazo termina nesta segunda
- Iema abre processo seletivo com salário de R$ 5.589,89; veja vagas
A informação pode trazer preocupações e dúvidas sobre a variante. Afinal, humanos contraem gripe aviária?
A gripe aviária em humanos
Segundo o Ministério da Saúde brasileiro, a influenza aviária é uma doença infecciosa que pode infectar aves e mamíferos, incluindo humanos. Entretanto, os casos em pessoas são raros.
O vírus influenza subtipo A (H5N1), predominante nos surtos, é diferente da gripe sazonal humana e as vacinas atuais não são preventivas para a variante.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, a transmissão pode ocorrer através do contato direto com a saliva, secreções de mucosas e fezes ou no contato com superfícies contaminadas por aves infectadas.
É importante destacar que alimentos bem preparados não são capazes de transmitir a doença. Ou seja, consumir ovos ou carnes que seguem rigorosos padrões de higiene não é considerado um risco.
Sintomas
Os sintomas em humanos podem variar e os mais comuns são febre alta (maior ou igual a 38°C) e tosse seguida de dispneia ou desconforto respiratório. Dor de garganta e coriza são menos relatados, mas podem acontecer.
Em alguns casos mais graves, as complicações incluem pneumonia grave, insuficiência respiratória, falência de múltiplos órgãos, choque séptico e infecções bacterianas e fúngicas secundárias.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é feito pela coleta de secreção nasofaríngea (SNF) e somente alguns laboratórios no Brasil são preparados para receber a amostra.
São eles o Laboratório de Referência Nacional Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), localizado no Rio de Janeiro/RJ, e dois Laboratórios de Referência Regional, localizados no Instituto Adolfo Lutz (IAL) em São Paulo/SP, e no Instituto Evandro Chagas (IEC) em Ananindeua/PA.
Caso seja confirmado o diagnóstico, o Ministério da Saúde afirma que o tratamento é feito com medicação antiviral, por cinco dias.
Conhecimento é essencial
Portanto, apesar da gripe aviária afetar humanos, os casos são raros.
Segundo informações do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), as medidas para conter o avanço do vírus e manter a segurança alimentar já foram tomadas. A população brasileira e mundial não precisa se preocupar com o consumo.
No momento, é importante manter-se informado e atualizações sobre a gripe aviária.