Fisiculturista de 32 anos luta pela vida após vício em remédio comum, sem conhecer seus perigosos efeitos colaterais

Fisiculturista de 32 anos luta pela vida após vício em remédio comum, sem conhecer seus perigosos efeitos colaterais

Zak Wilkinson, de 32 anos, parecia ter tudo sob controle: uma rotina impecável de treinos, uma dieta rigorosa e o sonho de se destacar em competições de bodybuilding. Mas o que começou como uma busca por força e definição muscular se transformou em uma batalha pela vida. Sua história, marcada por escolhas radicais, revela os riscos invisíveis por trás do uso excessivo de substâncias para melhorar o físico.

Natural de Middlesbrough, no Reino Unido, Wilkinson dedicava horas diárias à academia. Seu treino incluía levantamento de peso e pelo menos 45 minutos de exercícios aeróbicos.

Para manter a massa muscular, alimentava-se apenas de cinco ingredientes: frango, brócolis, arroz, claras de ovo e bife. Nada de açúcar, gordura ou variações no cardápio. A disciplina parecia exemplar, mas havia um segredo por trás dos músculos impressionantes: o uso de esteroides anabolizantes.

Zak Wilkinson usou esteroides de 2009 a 2025 (SWNS)
Zak Wilkinson usou esteroides de 2009 a 2025 (SWNS)

Por mais de 13 anos, o britânico injetou hormônios sintéticos até três vezes ao dia. O vício começou com gastos moderados, mas, a partir de 2023, seu consumo disparou. Em apenas três meses, ele desembolsou mais de 750 libras mensais (cerca de R$ 4.800) nas substâncias. O corpo, porém, não conseguiu suportar a carga. Em março de 2023, após crises de vômito e convulsões, Wilkinson foi levado às pressas para o hospital.

No pronto-socorro, os médicos o colocaram em coma induzido por sete dias. Exames apontaram que as convulsões foram provocadas pelo uso combinado de drogas, incluindo os esteroides. Quando acordou, enfrentou outro desafio: reaprender a andar e a falar.

O fisiculturista gastou mais de £ 35 mil com o vício em drogas (SWNS)
O fisiculturista gastou mais de £ 35 mil com o vício em drogas (SWNS)

“Pensei que nunca mais veria meu filho”, contou Wilkinson, pai de uma criança de três anos. A recuperação, considerada “milagrosa” pela equipe médica, não apagou as sequelas. Ele desenvolveu epilepsia, transtorno de estresse pós-traumático e distúrbios alimentares.

O caso de Wilkinson não é isolado. Segundo o professor Adam Taylor, especialista em anatomia da Universidade de Lancaster, os esteroides androgênicos anabolizantes são as drogas mais usadas por quem busca melhorar a aparência ou o desempenho físico. “O aumento de pessoas que se automedicam com essas substâncias é alarmante”, alerta. Entre os perigos estão danos cerebrais, infartos e problemas de mobilidade a longo prazo.

O ex-bodybuilder, que trabalha como montador de andaimes, admite que o vício o consumiu. “Eu me dedicava 100%: dieta, treino, drogas… Não bebi álcool por um ano e meio. Achava que era o mais forte e saudável, mas por dentro estava destruído”, desabafou. Hoje, ele alerta para os riscos de uma cultura que glorifica o físico perfeito. “Muitos jovens estão sendo afetados. É por isso que tantos bodybuilders morrem precocemente.”

Ele gastou no mínimo £ 750 por mês em esteróides (SWNS)
Ele gastou no mínimo £ 750 por mês em esteróides (SWNS)

Apesar dos avisos de especialistas, o uso de esteroides continua a crescer, impulsionado por influenciadores digitais que promovem as substâncias sem citar os efeitos colaterais. Para Taylor, a exposição nas redes sociais cria uma ilusão de segurança. “Casos como o de Zak mostram que as consequências podem ser irreversíveis”, reforça.

Wilkinson, hoje em reabilitação, ainda enfrenta flashbacks do período no coma e luta para reconstruir a relação com o próprio corpo. Sua jornada serve de alerta: a busca por resultados rápidos pode custar mais do que imagina.

Esse Fisiculturista de 32 anos luta pela vida após vício em remédio comum, sem conhecer seus perigosos efeitos colaterais foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.

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