Alunos do 5º ano do Ensino Fundamental Anos Iniciais estão sendo capacitados por uma equipe do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) para combater o mosquito Aedes aegypti fêmea. Maria Julia Assis, uma das estudantes que está sendo capacitada, deu detalhes sobre o que já aprendeu.
“A fêmea do Aedes é que transmite os vírus causadores da dengue, zika e chikungunya, pois, para colocar seus ovos, ela se alimenta do sangue humano. O macho se alimenta do néctar e da seiva das plantas”, contou. O aluno Brício de Lima também está mais consciente sobre o combate ao mosquito. “Vou reforçar meus cuidados em casa, como não deixar acumular água nos vasos de plantas, pois é nessa água que a fêmea deposita os ovos. Também vou falar com outras pessoas para elas reforçarem esse combate”, declarou.
A capacitação, realizada através da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da Uefs, tem como responsável a bióloga Patrícia Carneiro. “Iniciamos com palestras e depois orientamos os estudantes na montagem das ovitrampas, armadilhas usadas para monitorar e controlar a população do Aedes aegypti. Estamos na fase de leitura, em laboratório, das palhetas contidas nas armadilhas que eles montaram na escola onde estudam”, disse.
A ovitrampa é formada por um vaso preto de planta onde se coloca uma mistura composta de água destilada e levedura de cerveja, substância que atrai o mosquito. A armadilha tem ainda uma palheta de madeira em que a fêmea do Aedes deposita os ovos. A ovitrampa é colocada em locais estratégicos e de modo a simular um ambiente perfeito para a procriação do mosquito.
“Para solicitar à Secretaria Municipal de Saúde que o fumacê passe por uma região, por exemplo, é preciso que a palheta tenha acima de 1.000 ovos do Aedes. Oito foi o número máximo que os estudantes encontraram em uma das palhetas. O valor encontrado é muito baixo, mas é muito importante manter os cuidados, como eliminar recipientes que possam acumular água”, encerrou Patrícia Carneiro.
A ação, que está sendo realizada na Escola João Paulo I, será finalizada após todas as turmas do 5º ano serem capacitadas, algo previsto para este mês de maio. Na conclusão do projeto, iniciado em 9 de abril, cada aluno recebe o Certificado de Pesquisador, emitido pela Uefs.
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