

A operação ocorreu nesta quinta-feira (15) no município paranaense – Foto: Divulgação/MPPR/ND
Uma operação realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) no Paraná cumpriu também mandados de busca e apreensão em Dionísio Cerqueira, no Extremo-Oeste de Santa Catarina.
A Operação Mensageiro foi deflagrada durante a manhã desta quinta-feira (15) e apura crimes que, segundo o MPPR (Ministério Público do Paraná), teriam sido praticados por dois policiais militares lotados no Pelotão de Barracão, município paranaense.
O MPPR detalha que a operação investiga possíveis crimes de associação criminosa, corrupção passiva, peculato e prevaricação, supostamente praticados por dois policiais militares de Barracão.
Foram cumpridos, em conjunto com a Polícia Militar, 11 mandados de busca e apreensão, oito de busca pessoal e dois de prisão temporária nos municípios de Barracão, Pranchita e Dionísio Cerqueira (SC).
O promotor de Justiça Tiago Vacari detalha que as investigações começaram em 2024 e demonstram que os policiais, em conjunto com empresários e outras pessoas da região, teriam estabelecido uma associação criminosa para a cobrança de valores de pessoas envolvidas com contrabando e descaminho de produtos vindos da Argentina.

A operação ocorreu nesta quinta-feira (15) no município paranaense – Foto: Divulgação/MPPR/ND
O esquema funcionava de modo que aqueles que pagavam os valores solicitados não tinham as cargas apreendidas e eram informados sobre eventuais operações policiais em andamento.
Como a operação foi deflagrada
A investigação também apontou que, em algumas oportunidades em que houve apreensões de produtos pelos agentes policiais, parte da carga teria sido desviada para o próprio proveito.
Vacari detalha que os mandados de prisão temporária foram deferidos contra os policiais e têm o prazo inicial de cinco dias.
A operação contou também com o apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar e do Gaeco de Santa Catarina. Durante o cumprimento, foram apreendidos diversos documentos e equipamentos eletrônicos, que serão periciados no curso das investigações.
O Portal ND Mais entrou em contato com a Polícia Militar do Paraná que se manifestou por meio de uma nota e ressaltou que um procedimento será instaurado para apurar fatos no âmbito administrativo e criminal.
“Oportunizando aos envolvidos a devida ampla defesa e contraditório. A Polícia Militar reafirma seu compromisso com a legalidade, moralidade e transparência, colaborando de maneira direta, por meio de sua Corregedoria, para identificar e reprimir condutas indevidas praticadas por seus integrantes”, apontou a PM.