
A campanha ‘Estamos Vigilantes’ busca conscientizar a população e reafirmar o compromisso do Ministério Público com a defesa dos direitos fundamentais e o combate a práticas discriminatórias nos eventos esportivos. Estádio do Maracanã
Fernando Maia/Riotur
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) iniciou uma ação inédita de enfrentamento ao racismo nos estádios durante as partidas das Copas Sul-Americana e Libertadores realizadas na capital fluminense.
A ação prevê a presença de promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor em todos os jogos disputados nos estádios cariocas.
Eles atuarão diretamente nas arquibancadas e por meio de sistemas de monitoramento para coibir e reprimir atos racistas e xenofóbicos.
‘Estamos Vigilantes’
Como parte da iniciativa, o MPRJ lançou nesta quarta-feira (14) a campanha “Estamos Vigilantes”, que visa sensibilizar o público e reforçar o compromisso institucional com a promoção de um ambiente seguro e livre de discriminação.
A atuação dos promotores ocorrerá de forma presencial e também por meio do circuito interno de câmeras.
Caso sejam identificados atos discriminatórios, os responsáveis serão conduzidos por policiais e agentes de segurança ao Juizado do Torcedor. Em caso de flagrante, será determinada a prisão e iniciado o processo criminal.
A campanha “Estamos Vigilantes” também enfatiza a importância da participação ativa de torcedores, jogadores, jornalistas e profissionais que atuam nas partidas. O conteúdo da campanha faz um alerta direto: denunciar é um dever coletivo.
O MPRJ orienta que qualquer pessoa que testemunhe atos de discriminação acione imediatamente policiais militares, a equipe de segurança do estádio ou o promotor de Justiça de plantão no Juizado do Torcedor.
Também é possível enviar imagens e informações para a Ouvidoria do MPRJ, por meio do número 127.
A iniciativa conta com o apoio da Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia, do MPRJ, que realizou vistorias técnicas nos estádios para avaliar os sistemas de câmeras e propor melhorias.
A equipe técnica também estará presente durante os jogos para captar imagens e áudios, além de identificar gestos, cânticos e ofensas de cunho racista.