No último domingo (11), Dia das Mães, cruzes fincadas na areia da Praia de Copacabana lembraram a luta das mulheres palestinas e seus filhos por liberdade. O ato simbólico foi realizado pelo Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) para denunciar o massacre, especialmente de mulheres e crianças, em Gaza.
Entre as vítimas do conflito entre Israel e Palestina estão mães forçadas a testemunhar a morte de seus filhos sob os escombros, vítimas de bombardeios incessantes ou da fome provocada pelo cerco que impede a entrada de ajuda humanitária na região. Ao Brasil de Fato, a coordenadora nacional do MNLM Lurdinha declarou que a dor das mães palestinas é compartilhada por todas.
“Imagina você, presa numa prisão a céu aberto, esperando a bomba que vai demolir tudo a sua volta, olhando os teus filhos morrendo de fome, sabendo que tem alimento bem perto, que não pode entrar. Imagina a dor e como uma mãe, em qualquer lugar do mundo, pode assistir e saber disso e ficar tranquila e se isentar de qualquer responsabilidade de fazer qualquer coisa. A dor de uma mãe é a dor de todas as mães. Por isso fizemos esse ato, para denunciar um genocídio em curso contra o povo palestino, que segue ceifando a vida de milhares de mulheres e crianças. Nos recusamos a silenciar, diante de um massacre que transforma o ventre da vida em alvo para a morte”, afirmou Lurdinha.
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A manifestação teve como objetivo dar visibilidade aos ataques de Israel na Palestina, em que mais de 50 mil pessoas foram mortas, das quais cerca de 70% são mulheres e crianças.
“Enquanto grande parte do mundo finge normalidade, enquanto governos mantém relações, inclusive comerciais, com Israel, nós nos recusamos a silenciar, diante de um massacre que transforma o ventre da vida em alvo de guerra”, aponta o MNLM, em nota.