Cacau e café ditam tendência: preços devem subir até 2025, segundo Banco Mundial

Apesar da previsão de queda generalizada nos preços das commodities até 2025, o Banco Mundial aponta duas exceções importantes: cacau e café devem registrar altas expressivas nos próximos meses.

A entidade projeta um recuo de 12% nos preços globais das commodities em 2024, seguido por queda adicional de 5% em 2025 — o menor patamar dos últimos seis anos. O cenário reflete a desaceleração econômica mundial, tensões comerciais persistentes e mudanças na dinâmica de oferta.

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Cacau em patamares históricos

O preço do cacau deve atingir US$ 8.000 por tonelada em 2025, superando os US$ 7.330 estimados para 2024 — um aumento anual de 9,1%. 

A alta é impulsionada por uma combinação de fatores: clima adverso, surtos de doenças nas plantações da África Ocidental (principal região produtora) e gargalos logísticos na cadeia de suprimentos.

Café também em alta acelerada

O café arábica deve seguir a mesma tendência. A previsão é de que atinja um preço médio de US$ 8,50 por quilo em 2025, uma alta de 51,2% em relação ao ano anterior. A seca e as geadas que afetaram regiões produtoras estratégicas, como Brasil e Colômbia, explicam boa parte do avanço. A demanda global, que segue aquecida, também impulsiona os preços.

O bom momento do café e do cacau é uma notícia promissora para países latino-americanos como Brasil, Colômbia, Peru e Equador — grandes exportadores dessas commodities. O aumento na receita das exportações pode ajudar a compensar perdas em outros setores, como petróleo e cobre.

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