Elon Musk responde a Bill Gates após acusação de ‘matar crianças mais pobres do mundo’

Elon Musk responde a Bill Gates após acusação de 'matar crianças mais pobres do mundo’

Uma disputa pública entre dois dos homens mais ricos do mundo chamou a atenção nesta semana, envolvendo cortes em programas de ajuda humanitária, acusações graves e uma troca de farpas nas redes sociais. De um lado, Bill Gates, fundador da Microsoft e conhecido por seus projetos filantrópicos. Do outro, Elon Musk, bilionário dono do X (antigo Twitter) e CEO de empresas como SpaceX e Tesla. O motivo da briga? A passagem controversa de Musk por um cargo no governo dos Estados Unidos durante o segundo mandato de Donald Trump.

No início de 2025, após a posse de Trump para um novo mandato presidencial, Musk foi nomeado diretor do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês). A missão era clara: reduzir custos e otimizar a máquina pública. Em menos de três meses no cargo, Musk demitiu milhares de funcionários federais, incluindo parte significativa da equipe da USAID — agência responsável por coordenar ajuda internacional, como distribuição de medicamentos, alimentos e apoio a projetos sociais em países pobres. A medida gerou polêmica, especialmente quando o governo precisou recontratar 180 profissionais demitidos após perceber que setores essenciais ficaram paralisados.

Bill Gates não ficou calado. Em entrevista ao Financial Times, o filantropo afirmou que os cortes liderados por Musk prejudicaram diretamente populações vulneráveis. “São crianças morrendo por falta de remédios que estavam armazenados e não foram distribuídos”, declarou.

Gates citou exemplos como a interrupção de suprimentos para um hospital em Gaza que prevenia a transmissão de HIV de mães para bebês, além de medicamentos contra doenças como sarampo e poliomielite que venceram em depósitos devido à desorganização pós-demissões. “Ele está matando os mais pobres”, resumiu.

Bill Gates

A USAID, antes das mudanças, mantinha cerca de 10 mil funcionários e era a maior doadora de ajuda humanitária do planeta, com um orçamento de 40 milhões de dólares em 2023. Musk, no entanto, defendia que a agência era ineficiente e até a chamou de “organização criminosa” em fevereiro. “Não é uma maçã com um verme dentro. É uma bola de vermes. Precisa ser desmontada”, argumentou, justificando os cortes radicais.

A resposta de Musk às críticas veio em um post no X no dia 8 de maio, onde chamou Gates de “mentiroso compulsivo”. A publicação respondia a um vídeo em que Gates repetia as acusações em uma entrevista.

Apesar da réplica curta, o fundador da Microsoft detalhou em outras ocasiões como os cortes afetaram operações críticas. Ele mencionou que, sem os recursos da USAID, regiões inteiras ficaram sem acesso a vacinas e tratamentos, aumentando o risco de surtos de doenças erradicadas em algumas áreas. “Queria que ele [Musk] visse as crianças infectadas com HIV por causa dessas decisões”, desabafou.

Enquanto Musk defende que suas ações visavam eliminar burocracia e desperdício, especialistas em políticas públicas questionam o impacto a longo prazo. Dados preliminares indicam que países dependentes da ajuda norte-americana já relatam estoques de insumos médicos em níveis críticos. A discussão, que mistura eficiência administrativa e responsabilidade social, continua aquecida — e a troca de acusações entre os dois bilionários parece longe de terminar.

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