Pintor acusado de estuprar e assassinar fisioterapeuta achada morta após carro capotar é mandado a júri popular


Jerfeson Erivaldo foi denunciado por feminicídio. Vítima foi morta por estrangulamento. Jerfeson Erivaldo da Silva Nascimento é suspeito de matar Larissa Araújo, em Rio Verde
Reprodução/TV Anhanguera
O pintor Jerfeson Erivaldo da Silva Nascimento, acusado de estuprar e assassinar a fisioterapeuta Larissa Araújo, encontrada morta após o carro em que o corpo dela estava capotar, foi mandado a júri popular, em Rio Verde, no sudoeste do estado. Jerfeson foi denunciado pelo feminicídio, cárcere privado, estupro de vulnerável, furto qualificado e ocultação do cadáver da jovem.
O g1 não localizou a defesa do acusado até a última atualização da reportagem.
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A juíza Grymã Guerreiro Caetano Bento decidiu por manter a prisão preventiva do pintor. A acusação aponta que o réu pulou o muro da casa de Larissa, foi até o quarto em que ela dormia, a amarrou pelos pés e mãos, a estuprou e em seguida a matou por meio de estrangulamento.
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Corpo é arremessado para fora de carro após capotamento, em Rio Verde
Matheus Albernaz/TV Anhanguera
Jerfeson foi preso em flagrante no mesmo dia em que o crime foi cometido. Em um primeiro momento, um antigo relacionamento da fisioterapeuta foi apontado como suposto mandante do crime, o que foi descartado pela polícia no decorrer das investigações.
Relembre o caso
Segundo a investigação, o crime aconteceu na madrugada do dia 2 de outubro de 2023. Na data, Larissa publicou em seu Instagram um story assistindo a um desenho animado, marcando 1h28 no relógio. As investigações da polícia estimam que Jefferson entrou na casa dela por volta de 4h da manhã e saiu do local às 6h, dirigindo o carro da vítima com o corpo dentro do porta-malas.
Larissa Araújo, encontrada morta após capotamento de carro, em Rio Verde, Goiás, postou story horas antes de ser morta
Reprodução/Redes Sociais
Segundo a polícia, após estuprar e matar a fisioterapeuta, o pintou roubou carro de Larissa e levou itens da casa dela, como um botijão de gás e uma televisão.
“Esse carro era dela, estava na garagem. Os objetos que estavam dentro também eram pertences dela. Acreditamos na possibilidade de ter entrado na casa para fazer um furto, acabou progredindo para um estupro e retirou o corpo do local para evitar provas”, disse o delegado Caio Martines, responsável pelo caso.
Na tentativa de fuga para desovar o corpo, Jefferson capotou o carro na BR-060. Câmeras de segurança da região registraram o momento do acidente. No vídeo é possível ver quando o corpo é arremessado do carro, amarrado e enrolado em um lençol. O motorista sai correndo do local pela rodovia e entra em uma região de mata (veja abaixo).
Corpo é encontrado com pés e mãos amarrados após ser arremessado de carro que capotou
Segundo a Polícia Militar, Jefferson foi localizado minutos após o acidente e conduzido à delegacia. Em depoimento, ele disse ter recebido a quantia de R$ 100 e 25g de maconha do ex-namorado de Larissa para esconder o corpo. Mas a polícia contestou a versão do suspeito, acreditando que ele mesmo a roubou, estuprou e matou a vítima.
O ex-namorado da jovem chegou a ser ouvido, mas não foi investigado, pois não havia elementos que o envolvessem com o crime. Conforme o delegado, Jefferson agiu sozinho e criou falsos álibis no decorrer da investigação para tentar se livrar do crime.
O acusado
Jerfeson Erivaldo da Silva Nascimento, suspeito do crime
Divulgação/Polícia Militar
Jerffeson é natural do Rio Grande do Norte e cumpriu, no estado, pena pelos crimes de furto e roubo entre os anos de 2017 a 2023. O suspeito foi solto de sua última prisão em junho.
Durante o tempo em que ficou preso, os registros da PM apontam que Jefferson teve mau comportamento em algumas ocasiões, o que resultou em advertências.
A vítima
Larissa Araújo, encontrada morta após capotamento de carro, em Rio Verde
Reprodução/Redes Sociais
Larissa nasceu em agosto de 1998. Fisioterapeuta, ela trabalhava no Pronto Atendimento Pediátrico da Secretaria de Saúde de Rio Verde. O corpo da jovem foi encontrado e identificado pelas digitais.
“Ela era formada há pouco mais de um ano, amava a profissão e era uma jovem simples, que gostava de viver a vida”, descreveu a prima, Vivian Barboza.
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