
O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) aprovou a concessão de um empréstimo emergencial de aproximadamente R$ 4 bilhões ao Banco Master. A informação foi revelada pelo jornal Valor Econômico e confirma uma tentativa de dar fôlego financeiro à instituição, que enfrenta um cenário desafiador no curto prazo.
Empréstimo-ponte para evitar colapso imediato
A operação foi estruturada como uma linha de liquidez emergencial, com objetivo de funcionar como um “empréstimo-ponte” — ou seja, uma solução temporária até que uma alternativa mais ampla e definitiva seja implementada. Embora o montante liberado não cubra todas as obrigações imediatas do banco, ele deve ajudar a manter as operações estáveis nos próximos meses.
Segundo dados publicados pelo Valor, o Banco Master tinha cerca de R$ 7,665 bilhões em passivos com vencimento até junho deste ano. Parte desse valor já foi quitada, e os R$ 4 bilhões da linha do FGC devem cobrir o restante das necessidades mais urgentes de caixa.
Venda de ativos e reestruturação em andamento
A injeção de capital ajuda o banco a ganhar tempo para avançar em outras frentes. Uma das principais estratégias da instituição é evitar a venda forçada de ativos, como participações na mineradora Itaminas e na seguradora Kovr — empresas ligadas ao controlador do banco, Daniel Vorcaro. De acordo com reportagem do Estadão, o objetivo é preservar o valor desses ativos e buscar condições de negociação mais favoráveis no futuro.
Outra frente em andamento é a negociação de venda de parte das operações do Banco Master para o Banco de Brasília (BRB), conforme também foi noticiado pelo Valor Econômico. A operação está estimada em cerca de R$ 2 bilhões, mas não cobre todos os passivos do banco, o que reforça a importância da linha emergencial do FGC.
FGC atua para conter risco sistêmico
O movimento do FGC também é interpretado como uma tentativa de conter riscos maiores ao sistema financeiro nacional. O fundo, que possui patrimônio superior a R$ 120 bilhões, tem como missão proteger investidores e depositantes, especialmente em momentos de pressão de liquidez como o atual.
A situação do Banco Master reacende o debate sobre a solidez das instituições financeiras de médio porte e a necessidade de gestão mais prudente entre ativos e passivos, especialmente em tempos de juros elevados e liquidez mais restrita.
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