
O novo papa Leão XVI, sucessor de Francisco, eleito no segundo dia do conclave, já foi alvo de críticas por suposta omissão diante de casos de abuso sexual de crianças quando atuava na Diocese de Chiclayo, no Peru, entre 2015 até 2023.
Durante a época, Robert Prevost teria ignorado denúncias de três mulheres contra dois padres acusados de abusos cometidos há cerca de uma década, quando elas eram crianças. Mesmo após a abertura de uma investigação, o caso continua sem desfecho desde 2022.
LEIA TAMBÉM:
- No primeiro discurso, Leão XIV pede “paz desarmada” e ajuda para “construir pontes”
- Leão XIV: Robert Francis Prevost é escolhido o novo papa
- Governador do ES celebra escolha de novo papa: “sabedoria, equilíbrio e coragem”
No Peru, além das denúncias feitas pelas três vítimas, Prevost também foi alvo de críticas por parte de freiras, que alegam que as investigações conduzidas pela diocese foram interrompidas após o arquivamento do caso pela Justiça devido à prescrição.
A diocese, por sua vez, afirma ter seguido a legislação canônica vigente e que Prevost seguiu procedimentos adequados. Também destacou que o novo papa encorajou as vítimas para que denunciassem o caso.
O Secretário-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Ricardo Hoepers, afirmou que o novo papa ajudou em investigação de abuso sexual na década de 1990, negando informações de que o Prevost teria encoberto as acusações.
Importante é que o processo foi à frente e foi o próprio Prevost, na época, que organizou o processo e levou até Roma para que fosse investigado até as últimas consequências. O processo ainda está em andamento. Portanto, não há nada que possa, digamos assim, estar omisso ao processo, frisou Hoepers.
A diocese de Chiclayo foi acusada neste ano de pagar US$ 150.000 às meninas para silenciá-las. O Vaticano nega as irregularidade por parte do agora novo papa.
Prevost atuou como bispo no Peru durante nove anos, antes de ser chamado ao Vaticano, onde ocupou cargos na Congregação para o Clero e, posteriormente, na Congregação para os Bispos.
Em 2023, ele foi nomeado cardeal pelo então papa Francisco, a quem sucedeu na liderança da Igreja Católica.
*Com informações do Metrópoles e A Tarde.