Presidente da Câmara de SP, Milton Leite admite que pode ser vice em chapa de Nunes


Decisão será da legenda, afirma líder do União Brasil. ‘Seguramente a gente vai estar em campanha pelo prefeito’, diz Leite. Vaga é disputada por nomes ligados ao PL e passará por aval de Bolsonaro. O prefeito de SP, Ricardo Nunes (MDB), que tem seu principal aliado na presidência da Câmara Municipal, o vereador Milton Leite (União Brasil),
André Bueno/Rede Câmara
A disputa pela vaga de vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB) à reeleição em São Paulo ganhou mais um nome nesta quarta-feira (31). Em entrevista na véspera da retomada das atividades da Câmara Municipal, o presidente da Casa, Milton Leite (União Brasil), disse que pode compor chapa com Nunes se for decisão de sua legenda. “Se o partido assim o desejar, por que não?”
Leite é presidente municipal e tesoureiro estadual do União. Seu filho, o deputado federal Alexandre Leite, ocupa a primeira vice-presidência do Diretório Estadual.
O vereador, que está em seu sétimo mandato consecutivo, afirmou que este será seu último ano no Legislativo paulistano. “Se você disser, ‘vai disputar para outro [cargo]?’, aí sim está sob decisão do partido. Nós vamos pleitear outros espaços (…), em outros níveis políticos, não mais na Câmara de São Paulo.”
Na prática, Milton Leite já é uma espécie de vice-prefeito da capital paulista, uma vez que o cargo está vago desde a morte do prefeito Bruno Covas (PSDB), em 2021. Como presidente da Câmara, é ele quem assume a prefeitura quando Ricardo Nunes se ausenta do cargo em viagens.
Nesta quinta-feira (1º), ele assume a presidência pelo quarto ano consecutivo, após alterar o regimento interno da Casa duas vezes para permitir a reeleição. Será a primeira vez que um mesmo vereador comandará a Câmara pelos quatro anos da Legislatura.
“A democracia se faz pela representação da maioria. Quando a maioria faz apelos ao presidente que permaneça… Estou aqui sob apelos. Se assim não fosse, eu não teria a votação que tive em plenário, nem para mudar a lei nem que votaram em mim [na eleição da Mesa Diretora]”, afirmou.
Competição acirrada
A vaga na chapa de Nunes é disputada por diversos nomes ligados ao PL. Na segunda-feira (29), o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, se reuniu com o prefeito e indicou o ex-presidente da Ceagesp durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), coronel PM Mello Araújo.
Valdemar citou ainda que a disputa inclui a delegada Raquel Gallinatti (PL), o deputado estadual Tomé Abduch e a secretária estadual de Políticas para a Mulher, Sonaira Fernandes, ambos do Republicanos.
“Nunes está me surpreendendo, todo mundo quer ser vice dele. Vou levar o resultado da conversa para o Bolsonaro e, avançando, o prefeito vai discutir com todos os demais partidos da nossa frente ampla”, declarou Costa Neto por meio de nota.
Apesar do peso que o apoio de Bolsonaro terá na escolha, Ricardo Nunes reiterou que a escolha é colegiada entre os partidos que apoiam a candidatura. “Nós falamos que é importante apresentar para os demais partidos. É um bom nome do coronel Mello, mas a gente precisa agora ver os outros nomes que estão postos”, disse.
“É uma construção. Diferente de outros partidos, a gente tem uma frente ampla para discutir, precisa ver com os demais partidos, evidentemente ver a opinião do governador Tarcísio, do presidente Bolsonaro, para que a gente possa chegar num nome de consenso entre todos”, completou.
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