
O debate sobre a cobrança de taxas pela Apple para o uso do Pix por aproximação no Brasil tem gerado discussões significativas. Enquanto a empresa defende que não há impedimentos legais para tal cobrança, o cenário atual revela que nenhum banco brasileiro habilitou o serviço em iPhones devido a essas taxas. Nos Estados Unidos, a Apple já aplica uma taxa de 0,15% por transação de cartão de crédito, o que levanta questões sobre a viabilidade de um modelo semelhante no Brasil.
Apesar de os iPhones representarem apenas 10% do mercado de celulares no Brasil, a Apple argumenta que não há monopólio e que não existem evidências de danos aos serviços de pagamento móvel ou aos consumidores brasileiros. A questão central gira em torno da decisão das empresas em aderir ou não ao modelo de cobrança proposto pela Apple.
Por que o Pix por Aproximação ainda não está disponível para iPhones?
Atualmente, apenas o Google solicitou autorização ao Banco Central para implementar o Pix por aproximação, o que limita a funcionalidade aos dispositivos Android. O Banco Central afirma que a função é opcional e aberta a todas as instituições, sendo uma decisão de negócio de cada empresa. A resistência em adotar o serviço nos iPhones está ligada à cobrança de taxas, que não é bem vista por instituições financeiras e consumidores, uma vez que as transações por Pix são gratuitas para pessoas físicas.
Quais são os argumentos da Apple para a cobrança de taxas?

A Apple defende seu modelo de negócios integrado, destacando a proteção de privacidade e segurança como diferenciais em relação à concorrência. A empresa acredita que essas características justificam a cobrança de taxas. No entanto, fontes do setor financeiro esperam que a Apple se adapte ao mercado brasileiro, onde a expectativa é de que serviços como o Pix sejam oferecidos sem custos adicionais para o usuário final.
O impacto da decisão da Apple no mercado brasileiro
Embora os iPhones sejam minoria no Brasil, os usuários desses dispositivos geralmente possuem um poder aquisitivo significativo. Isso significa que a decisão da Apple de cobrar ou não taxas pode ter um impacto relevante no comportamento dos consumidores e na competitividade do mercado de pagamentos móveis. A expectativa é que a empresa encontre um equilíbrio entre seu modelo de negócios e as demandas do mercado local.
Em resumo, a questão das taxas para o uso do Pix por aproximação em iPhones no Brasil continua em aberto. Enquanto a Apple defende sua posição, o mercado aguarda por uma solução que beneficie tanto as instituições financeiras quanto os consumidores, sem comprometer a inovação e a segurança dos serviços de pagamento móvel.
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