Neste momento, o Vaticano vive um dos eventos mais importantes da Igreja Católica: o conclave para eleger o sucessor do Papa Francisco. Na manhã de 8 de maio de 2025, a fumaça preta subiu da Capela Sistina, sinalizando que os cardeais ainda não chegaram a um consenso após a terceira rodada de votação. Entre os 133 cardeais trancados no local, um nome chama a atenção não apenas por sua trajetória religiosa, mas por um detalhe surpreendente: ele é irmão de um dos atores mais icônicos do cinema norte-americano.
Robert Alan Sirico, cardeal nascido em Nova York em 1951, é uma figura influente no cenário católico. Fundador do Acton Institute, centro de estudos que une religião e liberdade econômica, ele teve um caminho incomum até o sacerdócio.
Criado em uma família religiosa, afastou-se da fé durante a adolescência, mas retornou após um profundo estudo da antropologia cristã. Ordenado padre em 1989, suas reflexões sobre moral e mercado já foram publicadas em veículos como The Wall Street Journal e The New York Times. Além disso, integra sociedades intelectuais de prestígio, como a Mont Pelerin, que já contou com prêmios Nobel de Economia.
Mas o detalhe mais curioso sobre Sirico está longe dos círculos teológicos: seu irmão mais velho, Genaro Anthony “Tony” Sirico Jr., foi um rosto conhecido nas telas do cinema. Ator famoso por interpretar gangsters em filmes como Os Bons Companheiros e na série Família Soprano, Tony construiu uma carreira marcante em Hollywood. Sua estreia foi como figurante em Crazy Joe (1974), e dali em diante, personagens durões se tornaram sua especialidade, em obras como Mighty Aphrodite e Bullets over Broadway, de Woody Allen.
A relação entre os irmãos, embora distante dos holofotes, sempre foi próxima. Em julho de 2022, quando Tony faleceu, Robert compartilhou um momento tocante: durante uma conversa privada, percebendo que o fim estava próximo, o cardeal ofereceu ao irmão a oportunidade de uma confissão. “Olhei nos seus olhos e perguntei: ‘Que tal uma confissão?’. Ele concordou, e fiz uma das coisas mais significativas que um sacerdote pode fazer por outro ser humano: absolvi todos os seus pecados”, relatou.
Enquanto o conclave segue em Roma, outros nomes de destaque participam da votação. Peter Kodwo Appiah Turkson, de Gana, foi o primeiro cardeal de seu país elevado por João Paulo II. Vincent Nichols, arcebispo emérito de Birmingham, representa a Inglaterra, e Timothy Dolan, arcebispo de Nova York desde 2009, é uma voz influente nos Estados Unidos. O processo exige que dois terços dos cardeais concordem sobre um nome — e, até agora, o consenso não foi alcançado.
A próxima votação está marcada para as 16h (horário local) do mesmo dia. Caso nenhum candidato atinja a maioria necessária, o conclave pode se estender até 9 de maio. Nas últimas décadas, eleições papais foram rápidas: em 1978, João Paulo II foi escolhido em dois dias; Bento XVI, em 2005, e Francisco, em 2013, em menos de 72 horas. Desta vez, o favorito é o cardeal Pietro Parolin, atual secretário de Estado do Vaticano, segundo análises da Sky News.
Enquanto o mundo aguarda a fumaça branca, a história dos irmãos Sirico — um dedicado à fé, outro ao cinema — revela como trajetórias aparentemente opostas podem coexistir. Enquanto Robert vota em um dos eventos mais sagrados da Igreja, a memória de Tony permanece viva nas telas, lembrando que até mesmo em universos distintos, laços familiares e humanidade são universais.
O conclave de 2025, além de definir o futuro de bilhões de católicos, traz à tona histórias pessoais que mostram como a vida real muitas vezes supera a ficção. E, enquanto os cardeais debatem nos bastidores, o mundo observa — esperando não apenas um novo líder espiritual, mas também um capítulo único na interseção entre religião, cultura e legado.
Esse Padre no Conclave para escolher o novo Papa tem um irmão muito famoso que você reconheceria imediatamente foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.
