A Klabin registrou lucro líquido atribuído aos acionistas controladores de R$ 401,2 milhões no primeiro trimestre de 2025, uma queda de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já o lucro líquido consolidado somou R$ 446 milhões, com recuo de 3% na base anual.
A receita líquida da companhia cresceu 10% entre janeiro e março, atingindo R$ 4,8 bilhões, impulsionada principalmente pelo aumento nos preços do kraftliner e das embalagens, além da valorização do dólar frente ao real. O Ebitda ajustado da empresa alcançou R$ 1,8 bilhão no período, um crescimento de 13% na comparação anual. A margem Ebitda ajustada também subiu, passando de 37% para 38%.
Em comunicado que acompanha os resultados, a empresa comentou o cenário externo e doméstico: “Os recentes anúncios tarifários do governo norte-americano levantaram preocupações quanto ao risco de desaceleração no comércio internacional e seus efeitos nos fluxos globais em diversos setores, que ao mesmo tempo podem ser oportunidades de mercado para a Klabin. No mercado local, o aumento da taxa de juros e as condições macroeconômicas refletiram nos mercados, com impactos na demanda e consumo domésticos”.

O custo caixa por tonelada, incluindo os efeitos das paradas gerais de manutenção, subiu 11% em um ano, atingindo R$ 3.335, puxado principalmente pelo aumento dos custos operacionais. Já a produção total de celulose e papéis somou 1,043 milhão de toneladas no trimestre, uma queda de 1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A companhia também informou a desmobilização da unidade de reciclados de Franco da Rocha (MP30), que estava paralisada desde novembro de 2022 por razões mercadológicas. A capacidade anual da planta era de 45 mil toneladas, e o ativo imobiliário será colocado à venda.
O resultado financeiro da Klabin foi negativo em R$ 158 milhões, uma piora de 58% em relação ao primeiro trimestre de 2024, impactado principalmente pela variação na marcação a mercado dos títulos públicos.
Por outro lado, a companhia gerou R$ 492 milhões em fluxo de caixa livre no período, reflexo do melhor desempenho operacional, da redução nos investimentos e das medidas de eficiência em capital de giro. A dívida líquida da empresa era de R$ 30,4 bilhões ao fim de março, com alavancagem de 3,9 vezes o Ebitda.
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