Após suspensão de mandato de Gilvan, suplente vai assumir vaga na Câmara?

Gilvan da Federal e Júnior Corrêa
O deputado federal Gilvan da Federal e o vice-prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Júnior Corrêa. Fotos: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Fonte: Agência Câmara de Notícias
Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim

Apesar da suspensão do mandato do deputado federal Gilvan da Federal (PL) pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, o vice-prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Júnior Corrêa (Novo), não será convocado pela Casa para assumir a vaga como suplente.

Isso porque, segundo o regimento da Câmara, no caso de uma suspensão, o suplente só será convocado caso a ausência do titular seja superior a 120 dias. Gilvan, no entanto, foi suspenso por três meses.

Foto: Reprodução do Regimento da Câmara

O período de suspensão aprovado é menor do que o solicitado pela Mesa Diretora que, no último dia 30, apresentou documento contra o deputado para que ele fosse afastado cautelarmente por seis meses.

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A punição decorre de declarações ofensivas do parlamentar contra a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, em sessão da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado no dia 29 de abril.

Na ocasião, o deputado do PL chamou a petista de “amante” e também de “prostituta”. 

A peça da Mesa sustenta que Gilvan ofendeu a ministra ao associá-la a um apelido atribuído a ela que, supostamente, teria sido utilizada para obtenção de benefícios da Odebrecht.

Gilvan fez alusão à “lista da Odebrecht”, da Operação Lava Jato, em 2016. Na “super planilha”, Gleisi constava entre 279 políticos e 22 partidos, por supostamente ter recebido valores da empresa.

Em 2023, entretanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Gleisi por entender que a peça não apresentou evidências nem comprovou as acusações.

Na mesma sessão, o deputado bolsonarista também se referiu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva como “ex-presidiário” e provocou o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ).

Suplente queria assumir a vaga de Gilvan

Como mostrou a coluna De Olho no Poder, Júnior Corrêa tinha interesse em assumir a cadeira de Gilvan.

O vice de Cachoeiro é o primeiro suplente do deputado. Nas eleições de 2022, Júnior concorreu à Câmara Federal pelo PL e obteve 37.756 votos.

*Com informações da Agência Estado.

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