A cidade do Rio de Janeiro poderá ter uma escola voltada para formação técnica dos profissionais que atuam no Carnaval carioca. A iniciativa do vereador Felipe Pires (PT) propõe a criação da Escola Municipal do Carnaval para valorizar milhares de pessoas que trabalham o ano inteiro para a maior festa popular do país acontecer.
Ao Brasil de Fato, o vereador ressaltou que a cadeia produtiva do Carnaval tem grande impacto na geração de emprego, renda e inovação cultural na cidade. Nesse sentido, a escola poderá oferecer capacitação em diversas áreas essenciais da produção carnavalesca.
“O Carnaval é potência cultural e motor econômico da nossa cidade. Mas boa parte dos trabalhadores aprende na prática, sem formação técnica adequada. Esse projeto busca reconhecer e fortalecer esses saberes, garantindo mais qualificação, autonomia e dignidade para quem faz o espetáculo acontecer”, afirmou Felipe Pires.
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A proposta ainda será levado à votação no plenário da casa legislativa e prevê que a prefeitura envie à Câmara um projeto de lei com os cargos e remunerações necessários para a instalação da escola. Há a possibilidade de convênios com instituições públicas ou privadas.
Carnaval carioca
Uma enorme variedade de profissionais trabalham o ano todo para construir o espetáculo do Carnaval. Desde a direção artística, dramaturgia, confecção de fantasias, até a montagem da estrutura que envolve, entre outras áreas, a marcenaria, ferraria e eletricidade.
Qualificar a mão de obra dessa indústria representa um enorme potencial para políticas públicas da cultura, trabalho e desenvolvimento, afirma o vereador Felipe Pires. Para ele, a iniciativa também contribui para a preservação das tradições carnavalescas, além de estimular novos talentos.
“A Escola do Carnaval será um marco na valorização dos trabalhadores da cultura. Um passo necessário para que o Rio siga sendo referência internacional em criatividade, beleza e inclusão”, completa o presidente a Frente Parlamentar em Defesa do Carnaval Carioca, instalada na Câmara no último dia 28 de abril.
A comissão vai propor políticas públicas permanentes para o Carnaval e marca um novo momento de diálogo entre o poder público, representantes do samba e da economia criativa da cidade. A primeira reunião teve como tema “Escola Municipal do Carnaval + Economia Criativa do Carnaval” e reuniu representantes das escolas de samba, blocos, movimentos culturais e instituições públicas.