
A Orleans Viagens e Turismo, uma agência com sede em São Bernardo do Campo, São Paulo, está no centro de uma investigação conduzida pela Polícia Federal sobre possíveis fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A empresa é acusada de ter recebido R$ 5,2 milhões da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), que também está sob investigação por envolvimento em um esquema de descontos indevidos. A Contag, por sua vez, nega qualquer irregularidade em suas operações.
De acordo com a Polícia Federal, não há justificativa clara para os repasses financeiros feitos à Orleans Viagens e Turismo. A investigação sugere que os valores “exorbitantes” recebidos pela agência podem indicar um possível desvio de recursos provenientes dos descontos associativos dos aposentados e pensionistas do INSS. Entre os anos de 2018 e 2025, a Orleans Viagens adquiriu um total de 16 salas comerciais em São Bernardo do Campo, além de um apartamento em Diadema, o que levanta suspeitas sobre a origem dos fundos utilizados nessas transações.
Quais são as suspeitas levantadas pela Polícia Federal?
A Polícia Federal identificou uma série de movimentações financeiras suspeitas associadas à Orleans Viagens e Turismo. A agência possui 12 veículos de alto padrão, incluindo modelos como um Porsche/911, um Volvo XC60 e duas BMW X6, que não condizem com o faturamento declarado pela empresa. A análise dos dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) indicou possíveis práticas de sonegação fiscal e intermediação de valores em benefício de terceiros, além de uma possível utilização ilícita de verbas públicas.
Os sócios da Orleans Viagens também estão sob escrutínio. Silas Bezerra, um dos sócios, investiu mais de R$ 5,4 milhões na compra de seis imóveis entre 2019 e 2025, localizados em Campinas, São Bernardo do Campo, Santo André e Guararema. Outro sócio, Wagner Moita, adquiriu dois apartamentos em Santos e Praia Grande, totalizando cerca de R$ 1,8 milhão. Essas aquisições levantam questionamentos sobre a origem dos recursos utilizados para tais investimentos.

Qual é o envolvimento da Orleans Viagens com o Ministério da Educação?
Além das suspeitas de fraudes relacionadas ao INSS, a Orleans Viagens e Turismo também participou de licitações do Ministério da Educação, firmando três contratos nos últimos anos. Um desses contratos ainda está em vigor, com um valor de R$ 610.059,48. A participação da agência em licitações governamentais adiciona uma camada de complexidade à investigação, uma vez que envolve o uso de recursos públicos em suas operações.
O que o futuro reserva para a Orleans Viagens e Turismo?
Com a investigação em andamento, a Orleans Viagens e Turismo enfrenta um futuro incerto. As autoridades continuam a analisar as evidências e a rastrear a origem dos fundos utilizados pela agência e seus sócios. A revelação de possíveis fraudes no INSS e o envolvimento em contratos governamentais podem resultar em consequências legais significativas para a empresa e seus proprietários. A comunidade aguarda ansiosamente por mais informações à medida que a investigação avança.
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