
A Polícia Federal e o Grupo de Apoio e Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Federal (Gaeco/MPF) iniciaram nesta quarta-feira (7) a 2ª fase da Operação Tropeiros, contra uma quadrilha que enviava drogas para a Europa a partir do Aeroporto Internacional do Galeão.
Agentes saíram para cumprir 21 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em Niterói, em São Paulo, em Campinas e em Salvador. Na capital fluminense, um dos endereços era na Praça Seca, na Zona Oeste.
Malas e mochilas eram preparadas para ocultar as drogas, a fim de tentar fugir da fiscalização. Ao chegarem ao exterior, as “mulas” — como essas pessoas são chamadas — entregavam as drogas para os contatos indicados pela quadrilha, que se tornavam responsáveis pela venda.
A operação desta quarta (7) acontece como resultado da análise de documentos apreendidos na 1ª etapa da Operação Tropeiros, realizada em novembro de 2022. Na ocasião, 3 pessoas foram presas.
As investigações avançaram e revelaram:
- que a quadrilha era maior do que se sabia anteriormente;
- o esquema contava com o envolvimento de empresários, doleiros, um advogado e um gerente de instituição financeira;
- que o grupo criminoso manteve a atuação mesmo tendo sido alvo de buscas há pouco mais de 2 anos.
Os investigados poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e tráfico transnacional de drogas, cujas penas somadas podem chegar aos 35 anos de reclusão.
O nome “Tropeiros” faz referência aos indivíduos que transportavam gado, mercadorias, alimentos e outras cargas entre diferentes regiões do Brasil, em alusão à prática dos criminosos de enviar drogas para a Europa através de “mulas”, pessoas angariadas para fazer o transporte do entorpecente, com o direcionamento e monitoramento em tempo real dos seus passos através de aplicativos de celular.
Fonte: g1
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