
A TIM Brasil (TIMS3) reportou um lucro líquido de R$ 810 milhões no primeiro trimestre de 2025, avanço de 56% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado foi bem recebido pelo mercado, e, segundo o economista Alex André, reflete uma gestão eficiente da companhia em meio a um cenário desafiador no setor de telecomunicações.
Durante entrevista ao BM&C News, Alex ressaltou que o bom desempenho da operadora está ligado principalmente à migração dos clientes para planos pós-pagos, que oferecem margens mais altas e maior previsibilidade de receita. “O pós-pago proporciona uma alavancagem operacional muito mais efetiva, com redução de custo e aumento de receita recorrente”, explicou.
TIM: Receita por usuário sobe e churn é controlado
Além da melhora no mix de clientes, a TIM conseguiu aumentar a receita média por usuário (ARPU), repassando reajustes de preços com adesão satisfatória por parte dos consumidores. A empresa também demonstrou capacidade de retenção, controlando o churn — métrica que indica a taxa de cancelamento de clientes.
“O crescimento da ARPU foi bem executado, com repasse de preço e controle da saída de clientes. Isso reforça a qualidade da gestão comercial da companhia”, afirmou Alex.
Pré-pago em queda, mas sem impacto no resultado consolidado da TIM
Apesar da redução nas recargas e da queda na receita da base pré-paga, Alex observou que esse movimento já era esperado e não afetou significativamente o resultado consolidado. “A TIM vem focando no pós-pago há algum tempo. O desempenho do core de serviços compensou com folga essa queda”, destacou o economista.
Eficiência tributária impulsiona lucro da TIM
Outro fator que contribuiu para o lucro expressivo foi a eficiência na gestão da carga tributária. A companhia se beneficiou de uma taxa efetiva de imposto mais baixa, o que impactou positivamente a última linha do balanço.
“A taxa efetiva é o quanto, de fato, a empresa paga de imposto sobre o lucro. Quando há créditos tributários ou benefícios fiscais, sobra mais dinheiro para o acionista. E isso foi um destaque do trimestre”, explicou Alex André. Para ele, esse movimento tende a continuar, dada a busca constante das empresas de telecomunicações por maior eficiência fiscal.
Dividendos e previsibilidade atraem investidores
Com a sólida geração de caixa e uma base de receita mais estável, a TIM reforça seu apelo entre investidores que buscam previsibilidade e dividendos. “O lucro é essencial para calcular o preço das ações, e também para o pagamento de proventos — algo muito valorizado no setor de telecom, que exige alto investimento, mas também costuma distribuir bons dividendos”, concluiu o economista.
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