Prêmio Megafone mostra crescimento do ativismo ambiental popular do Brasil

Com uma relação de finalistas e projetos vencedores que refletem a força da luta ambiental no Brasil, a edição mais recente do Prêmio Megafone mostrou que o ativismo popular se consolida cada vez mais no Brasil.

Este ano, a premiação foi marcada por iniciativas coletivas e individuais que denunciam a degradação ambiental, defendem os modos de vida tradicionais do território nacional e apresentam soluções sustentáveis para o desenvolvimento.

A diversidade também marcou a escolha das iniciativas finalistas, que representaram 18 estados e o Distrito Federal. São manifestações em linguagens que vão do audiovisual aos protestos de rua e que trazem referência às lutas quilombolas, indígenas, rurais e urbanas.

Nessa lista estiveram, inclusive, produções das próprias comunidades. Na categoria videoclipe, por exemplo, estava o trabalho Da Nascente à Foz, do Grupo Suraras do Tapajós. Formado por mulheres indígenas, o coletivo se dedica à resistência pela arte, por meio do Carimbó.

Na mesma categoria, a canção Nem um Hectare a Menos também é fruto do trabalho das populações tradicionais brasileiras. De autoria de artistas e comunicadores do Quilombo Kalunga, que fica na Chapada dos Veadeiros, em Goiás, ela fala sobre a luta pela terra e pela preservação em contraponto à grilagem e à especulação.

O prêmio também foi marcado por projetos que mostram os impactos da destruição ambiental no cotidiano de diversas comunidades brasileiras. A seca no Amazonas esteve representada na imagem do fotógrafo Brunno Kelly, que retratou uma expedição de monitoramento dos efeitos das mudanças climáticas em populações de botos-vermelhos.

Já a fotojornalista Carolina Costa participou com o projeto Impávido colosso: entre a floresta e o fogo, que registra as consequência das queimadas no município de Lábrea. As imagens marcantes mostram como a tragédia do fogo muda os modos de vida das famílias da região.

Primeira e única premiação do ativismo brasileiro, o Megafone agracia ações em 14 categorias, em formato presencial, como ocupações e manifestações, arte de rua, documentários, fotografias, cartazes, músicas, perfis nas redes sociais, reportagens e jovens ativistas.

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