
Localizada no coração da Bahia, a cerca de 420 km de Salvador, a cidade de Lençóis é o principal portal de entrada para o Parque Nacional da Chapada Diamantina, um dos destinos de ecoturismo mais fascinantes do Brasil. Fundada no século XIX durante o ciclo do diamante, Lençóis encanta com seu centro histórico tombado pelo Iphan em 1973, casarões coloniais coloridos e ruas de paralelepípedos. Com uma população de cerca de 11.170 habitantes (IBGE 2024), a cidade combina história, cultura vibrante e uma infraestrutura turística robusta, atraindo aventureiros, famílias e amantes da natureza em busca de cachoeiras, grutas e trilhas.
Um refúgio de charme na cidade do diamante
A qualidade de vida na cidade de Lençóis é marcada por sua segurança e atmosfera acolhedora. A cidade é considerada segura, com policiamento presente no centro histórico e em áreas turísticas, especialmente durante eventos como o Festival de Lençóis. A saúde é atendida por postos locais, como o Posto de Saúde Central, com o Hospital Regional de Seabra (70 km) para casos mais complexos, complementado por clínicas privadas em Salvador.

O transporte na vila é feito a pé no centro, enquanto vans e carros 4×4 são usados para alcançar atrativos como o Morro do Pai Inácio (25 km). A BR-242 conecta Lençóis a Salvador, com viagens de ônibus (Real Expresso, 6-7h, R$99) ou voos da Azul para o Aeroporto Horácio de Matos (22 km). A infraestrutura é eficiente, com energia, saneamento e internet em pousadas como a Pousada Vila Serrano. O bem-estar é elevado pelas paisagens serranas, banhos em rios e a culinária local, ideal para quem busca tranquilidade e aventura.
Sustentabilidade na Chapada Diamantina
A sustentabilidade é essencial em Lençóis, protegida pelo Parque Nacional da Chapada Diamantina, criado em 1985. O ICMBio regula o acesso a atrativos, limitando visitantes para preservar a biodiversidade, como o lobo-guará e orquídeas nativas. Plásticos descartáveis são proibidos, e a coleta seletiva é incentivada. Projetos como o Canto das Águas, associado ao Roteiros de Charme, adotam práticas sustentáveis, como energia solar. No entanto, posts no X alertam para o avanço da soja na região, que ameaça o ecoturismo com desmatamento, exigindo maior fiscalização.
Educação que conecta história e natureza
A educação em Lençóis é voltada para a comunidade, com escolas municipais, como a EM Luiz Eduardo Magalhães, integrando cultura do garimpo e sustentabilidade. Escolas particulares, como o Colégio São Benedito, complementam a rede, focando em ecologia.
Embora não haja universidades na cidade, a Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador, oferece cursos como Geologia e Turismo. O IFBA em Seabra disponibiliza cursos técnicos em guias de turismo e meio ambiente. Projetos comunitários, como oficinas de artesanato e o Jarê, uma religião afro-indígena local, fortalecem a identidade de Lençóis como um polo de aprendizado cultural.
Economia movida por turismo e história
A economia de Lençóis é impulsionada pelo turismo, que atrai cerca de 120.000 visitantes por ano. Atrativos como a Cachoeira do Sossego geram empregos em pousadas, como a Hotel Canto das Águas, e restaurantes, como o Lampião Culinária Nordestina. Eventos como o Festival de Lençóis (outubro) e o São João movimentam o comércio, com artesanato vendido na Rua das Pedras.
A agricultura (café e mandioca) e a mineração sustentável de quartzito complementam a renda. O custo de vida é acessível fora do centro, mas elevado na alta temporada. Lençóis fomenta o empreendedorismo, com agências como Zentur oferecendo passeios guiados. A nova rodoviária, com investimento de R$14 milhões, promete impulsionar ainda mais o turismo.
Cultura do garimpo e natureza exuberante
Lençóis pulsa com cultura e natureza. A herança do garimpo é vista no Museu Afrânio Peixoto, que homenageia o escritor local, e na Igreja Nosso Senhor dos Passos, dedicada aos garimpeiros. O Jarê, candomblé de caboclo, e festas como o São João celebram a identidade afro-indígena. O Mercado Cultural, na Praça Nagô, reflete o passado escravocrata.
A natureza é protagonista, com o Parque Municipal da Muritiba oferecendo os Caldeirões do Serrano e o Ribeirão do Meio, com seu tobogã natural. A Cachoeira do Mosquito e o Poço do Diabo são acessíveis para banhos e tirolesa. A culinária, com carne de sol no Bistrô do Mato, reflete a alma baiana.
Principais pontos turísticos de Lençóis?
- Parque Municipal da Muritiba: Piscinas naturais do Serrano, mirantes e cachoeirinhas, a poucos minutos do centro.
- Ribeirão do Meio: Tobogã natural e poço para banho, acessível por trilha de 40 minutos.
- Cachoeira do Sossego: Queda de 20 metros, ideal para trilhas de 3 horas.
- Cachoeira do Mosquito: Queda em paredão rochoso, com mirante e trilha curta.
- Poço do Diabo: Queda de 20 metros no Rio Mucugezinho, com tirolesa e rapel.
- Morro do Pai Inácio: Mirante icônico a 25 minutos de carro, com vistas da Chapada.
Vale a pena morar em Lençóis?
Sim, Lençóis é ideal para quem busca qualidade de vida com natureza e cultura. A segurança, a comunidade acolhedora e a infraestrutura turística são atrativos, mas a dependência do turismo sazonal e a educação básica, exigindo deslocamentos para estudos superiores, são desafios. Para guias, artistas e amantes da aventura, Lençóis oferece um estilo de vida único, com cachoeiras e casarões como cenário.
Vale a pena visitar Lençóis?
Definitivamente, Lençóis é um destino imperdível. Suas cachoeiras, como a do Sossego, e trilhas, como o Morro do Pai Inácio, criam memórias únicas. Atividades como banhos nos Caldeirões do Serrano, festivais como o Festival de Lençóis e gastronomia no Sabor da Serra encantam todos. A melhor época é de abril a outubro, na estação seca. A hospitalidade baiana e a energia de Lençóis fazem cada visita valer a pena.
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