Pará registra 4 mortes por malária; dez cidades concentram 95% dos casos da doença


Casos confirmados ocorrem em áreas rurais, garimpos e áreas indígenas Mosquito é transmissor da malária, febre amarela e dengue.
Lauren Bishop
O Pará registrou quatro mortes provocadas por malária em 2023. No total, foram confirmados 22.930 casos da doença. O balanço foi divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) nesta quarta-feira (31). Em relação ao ano anterior, 2022, que teve 23.71 registrados, houve redução de 3,30%.
As mortes ocorreram no município de São Félix do Xingu, na região sudeste; dois óbitos em Jacareacanga, no sudoeste, e um óbito em Itaituba, também no sudoeste.
Dez cidades concentram 95% dos casos
No ano passado, os casos ocorreram principalmente nos municípios de Jacareacanga, Itaituba, Anajás, Breves, Altamira, Almeirim, Chaves, Afuá, Curralinho e Cumaru do Norte, os quais contribuíram com aproximadamente 95% das confirmações da doença no Pará.
Do total de casos confirmados ocorridos em 2023, 38,01% ocorreram em área rural; 35,50% em área de garimpo; 22,65% em área indígena; 3,79% em ambiente urbano e 0,05% em assentamentos.
Sintomas e tratamento
A malária é causada por um protozoário transmitido pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, que se infecta ao picar uma pessoa doente. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre alta, calafrios, tremores e sudorese (excesso de suor). Outros sintomas que podem aparecer inicialmente são náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.
O diagnóstico pode ser feito por meio de amostra de sangue ou teste rápido.
A malária tem cura, pois o tratamento é eficaz, simples e gratuito. Entretanto, se não for diagnosticada e tratada de forma oportuna e adequada, pode evoluir para as formas graves. Daí a importância de a pessoa que tenha viajado nos últimos 15 dias para uma área endêmica de malária procurar imediatamente o serviço de saúde, assim que apresentar algum desses sintomas.
As principais medidas preventivas são instalar telas em portas e janelas das casas, se possível; evitar construir casas perto de matas e igarapés, pois são locais onde o mosquito vive e se reproduz, e usar mosquiteiros e repelentes.
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