Economistas vinculados a instituições financeiras reduziram pela primeira vez após 16 semanas a expectativa deles para o patamar da taxa básica de juros da economia nacional ao final de 2025. Os especialistas agora estimam que a Selic feche o ano em 14,75% ao ano. Desde janeiro, a previsão era de que a taxa encerrasse 2025 a 15% ao ano.
A Selic está hoje em 14,25% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) voltará a debater a taxa a partir desta terça-feira (6). Na quarta-feira (7), a entidade anuncia se reduz, mantém ou aumenta a taxa novamente.
Os economistas estimam que a Selic vá aumentar para 14,75% ao ano já nesta semana. A última vez que a taxa esteve tão alta assim foi em agosto de 2006.
Todas essas previsões sobre a Selic estão registradas na última edição do Boletim Focus, divulgada nesta segunda-feira (5) pelo próprio BC. O Focus é um relatório que compila as previsões de bancos sobre os principais indicadores da economia nacional. Serve para medir a expectativa do mercado financeiro sobre o país.
Nesta edição do Focus, bancos, além de reduzirem sua expectativa sobre a Selic, diminuíram também sua previsão para a inflação e a cotação do dólar.
Até a semana passada, os bancos estimavam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechasse o ano em 5,55%. Agora, já estimam 5,53%.
Há quatro semanas, a expectativa de inflação era ainda maior: 5,65%.
A meta estabelecida pelo governo para o IPCA é que ele se mantenha em 4,5% em 2025. Até março, a inflação acumulada em 12 meses era de 5,48%.
Já sobre o dólar, a expectativa sobre a cotação baixou de R$ 5,90 para R$ 5,86. O dólar está cotado hoje em cerca de R$ 5,65.
Os economistas dos bancos estimam que o Produto Interno Bruto (PIB) da economia nacional cresça 2% em 2025. A expectativa é a mesma da semana passada. Há quatro semanas, o estimado era 1,97% de crescimento.