
Nos últimos anos, uma nova modalidade de golpe tem afetado famílias em situação de vulnerabilidade social no Brasil. O alvo dos criminosos é o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS), destinado a idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência de baixa renda. Os golpistas cobram ilegalmente até R$ 400 para a suposta liberação do benefício.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) emitiu um alerta à população, esclarecendo que não realiza cobranças para a concessão de benefícios. No entanto, os relatos de tentativas de fraude têm aumentado, especialmente por meio de aplicativos de mensagens e redes sociais.
Como os golpistas atuam?
Os estelionatários agem de forma planejada, geralmente iniciando o contato por ligação telefônica, mensagem de WhatsApp ou redes sociais. Fingindo ser representantes do INSS ou de escritórios especializados, informam ao beneficiário sobre um suposto bloqueio no processo de concessão do BPC. Em seguida, solicitam um valor em dinheiro para “resolver a pendência”.
Além de pedir taxas que chegam a R$ 400, os golpistas também exigem informações confidenciais, como número do CPF, dados bancários e número do benefício. Com essas informações, podem aplicar novos golpes, como a contratação indevida de empréstimos consignados. Em alguns casos, enviam boletos e documentos falsos para dar aparência de legalidade à fraude.
Quais são os principais sinais de alerta?
Para evitar ser vítima desse tipo de crime, é importante estar atento a algumas situações:
- Solicitação de valores em dinheiro para liberar benefícios — o INSS não cobra por esse tipo de serviço.
- Mensagens de desconhecidos pedindo dados pessoais, como senhas ou número do benefício.
- Ameaças de bloqueio do benefício caso o pagamento não seja efetuado.
- Contato por redes sociais ou aplicativos que não sejam os canais oficiais do INSS.

Como se proteger?
A recomendação do INSS é clara: nunca forneça informações pessoais ou realize pagamentos solicitados por mensagens, ou telefonemas. Em caso de dúvida, o ideal é procurar ajuda diretamente em uma agência da Previdência Social ou consultar familiares de confiança.
Os canais oficiais de atendimento são:
- Portal Meu INSS;
- Aplicativo Meu INSS (disponível para Android e iOS);
- Central de atendimento pelo telefone 135, com ligação gratuita.
O que fazer se já foi vítima?
Quem já caiu no golpe do BPC/LOAS deve agir rapidamente para tentar minimizar os danos. O primeiro passo é registrar um Boletim de Ocorrência — que pode ser feito presencialmente ou por meio das delegacias virtuais disponíveis em diversos estados. Depois, é fundamental comunicar o ocorrido ao INSS pelo telefone 135, e também buscar orientação no banco onde a fraude foi realizada e no Procon da cidade.
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