Após meses em saldo positivo, Acre fecha 2023 com mais demissões que contratações em dezembro, diz Caged


Desde julho do ano passado, o estado registrava queda na criação de vagas, mas mantinha saldo positivo. Únicos setores com saldo positivo foram comércio e agropecuária, e a maior queda foi no setor de serviços. Desde julho do ano passado, o estado registrava queda na criação de vagas, mas mantinha saldo positivo
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Após uma sequência de cinco meses com saldo positivo, o Acre fechou o ano de 2023 com número de demissões maior que o de contratações no mês de dezembro. Dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgados nessa terça-feira (30), revelam que o estado teve 3.461 admissões contra 3.825 desligamentos no mês, o que representa 364 postos de trabalho a menos.
Desde julho do ano passado, o estado registrava queda na criação de vagas, mas mantinha saldo positivo.
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Os únicos setores com saldo positivo foram comércio, que admitiu 1.170 pessoas e desligou 883, resultando em saldo positivo de 287 vagas, e agropecuária, com 14 vagas de saldo. A maior queda foi no setor de serviços, que perdeu 572 vagas, sendo 1.664 contratados contra 2.236 demitidos.
Em relação ao mês anterior, o índice representa uma queda de 256%, já que o estado fechou novembro com saldo positivo de 233 vagas.
A capital do estado, Rio Branco, puxou a fila entre as vagas que foram adicionadas em dezembro de 2023. Foram 197 vagas, resultado de 2.707 contratações e 2.510 demissões. Na sequência dos cinco municípios com melhor saldo aparecem Senador Guiomard (+43), Plácido de Castro (+30), Epitaciolândia (+17) e Mâncio Lima (+10).
O pior índice foi registrado no município de Sena Madureira, que teve 65 contratações e 617 demissões, o que significou 552 vagas formais a menos.
Nacional
O Brasil fechou dezembro de 2023 com 430.159 vagas formais de trabalho a menos. No período, houve 1,5 milhão de admissões e 1,93 milhão de desligamentos. São mais de 40 mil empregos a menos no mês. No saldo do ano, porém, o país acumula índice positivo, com 1,48 milhão de empregos formais.
Porém, o resultado ficou abaixo do previsto pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que projetava a criação de 2 milhões de vagas em 2023. O ministério considera que o principal fator que influiu no número aquém da produção, é a informalidade na área de agricultura e fatores econômicos como os juros e o endividamento, que teve uma queda insuficiente para influenciar no mercado de contratação.
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