Acesso à saúde de pessoas com deficiência no Brasil ainda enfrenta desafios estruturais

Médica e paciente em cadeira de rodas
Médica e paciente em cadeira de rodas – crédito: Freepik

O acesso à saúde por parte de pessoas com deficiência no Brasil é garantido pela Constituição Federal e regulamentado por leis específicas, como a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015). No entanto, na prática, a oferta de serviços adaptados e inclusivos ainda enfrenta obstáculos estruturais, logísticos e culturais que comprometem a efetividade desse direito.

Entre os principais entraves identificados por especialistas estão a falta de infraestrutura nos equipamentos públicos de saúde, como ausência de rampas, banheiros adaptados e sinalização adequada, além da escassez de intérpretes de Libras e materiais em formatos acessíveis. Soma-se a isso a formação limitada dos profissionais de saúde em relação às necessidades específicas das pessoas com deficiência, o que pode comprometer diagnósticos e tratamentos.

Acesso à Saúde e a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência

O Sistema Único de Saúde (SUS) prevê ações voltadas a esse público por meio da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, que integra serviços como centros especializados em reabilitação e oficinas ortopédicas. No entanto, a distribuição desigual desses centros e a dificuldade de acesso em regiões remotas limitam o alcance dos benefícios.

Organizações da sociedade civil e movimentos sociais têm atuado para garantir a implementação de políticas públicas efetivas e fiscalizar o cumprimento das normas legais. Embora haja avanços normativos importantes, especialistas defendem que a inclusão plena na saúde exige investimentos contínuos, planejamento intersetorial e participação ativa das pessoas com deficiência na formulação das políticas que lhes dizem respeito.

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