Em Santarém, início do período chuvoso é marcado pelo surgimento de grilos, besouros e caramujos


Infestação desses ‘visitantes’ provoca uma onda de dúvidas quanto à transmissão de doenças ou outros males. Caramujo-gigante-africano (Lissachatina fulica)
Aaron Kaufman/GBIF
Depois de uma seca severa em toda a região, os primeiros sinais do período chuvoso já estão presentes em Santarém, no oeste do Pará. O período mais úmido também é um prato cheio para visitantes comuns nessa época do ano: grilos, besouros e caramujos.
Os grilos são insetos onívoros, terrestres e noturnos que se alimentam de cereais, plantas e fungos. Presentes nas áreas urbanas, os grilos incomodam pelo som que emitem. A infestação dos grilos tem gerado muito burburinho entre os moradores e possibilitando a criação de muitos conteúdos que estão viralizando nas redes sociais.
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Grilos ‘invadem’ casas
Hildaci Salles/Arquivo Pessoal
Apesar do incomodo, os grilos tem grande importância para o meio ambiente. Isso porque, eles desempenham um papel importante ao servirem de alimentos para aves e contribuírem na distribuição de sementes.
A presença dos ‘visitantes’ gera uma série de dúvidas. Principalmente quanto a transmissão de doenças. Diretamente, os grilos e besouros não são uma ameaça para os humanos, mas o biólogo Sidcley Matos explica como a presença deles podem ser um problema para a saúde humana.
“Eles podem andar dentro dos esgotos, então podem levar material contaminado para dentro de casa e consequentemente, contrair algum tipo de doença”, explicou o biólogo.
Caramujos
Nos últimos dias outro personagem tem dado o que falar pelas ruas da cidade: os caramujos. No período noturno é comum vê-los nas ruas e terrenos baldios de Santarém. Esse molusco acende um alerta quanto às questões de saúde.
Os caramujos africanos não são nativos da AmazÔnia e pesquisadores estão estudando as razões que estão contribuindo para a proliferação desses moluscos na cidade.
Profissionais de saúde orientam que não é seguro ter um contato direto com os caramujos. Existem técnicas específicas para manusear e eliminar esses moluscos da área urbana.
De acordo com a coordenadora do setor de Zoonoses, Rose Grace Brito, existe um trabalho ambiental que é desenvolvido para lidar com o controle dos caramujos.
“Esse trabalho com a sociedade é mais de orientação. A população que se sentir afetada, precisa entender que um dos principais motivos do surgimento desses caramujos é o acumulo de lixo em terrenos baldios. Eles se alimentam de todo o lixo”, contou Rose Grace.
Para levar informações à população, Agentes de Endemias também receberam treinamentos e capacitações. O
Confira algumas dicas:
Jogar sal pode ajudar a mantê-los longe de casa. Isso porque o molusco fica desidratado e acaba morrendo;
É importante ficar atento quanto ao lixo, pois atrai a presença desses moluscos;
Utilizar cal no muro ajuda também a reduzir a quantidade de caramujos;
Terrenos Baldios devem estar sempre limpo para evitar que os caramujos se reproduzam;
As conchas dos caramujos mortos precisam ser destruídas, para não se tornar um criadouro do Aedes Aegypti.
O agente de endemias, Edvan da Silva, explica que os caramujos não precisam de um parceiro para se reproduzir, por isso fica ainda mais difícil ter um controle desses moluscos.
“A gente pede que a população seja um agente parceiro, fazendo a limpeza do seu quintal, afinal de contas a limpeza faz parte da higiene do cidadão”, disse Edvan.
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