Tensão no Oriente Médio: o Irã afirma que, se os EUA o atacarem, responderá

No domingo (28) militantes alinhados ao Irã atacaram com um drone uma base militar dos EUA na Jordânia e mataram três soldados. O governo dos EUA já afirmou que vai retaliar, mas ainda avalia qual deverá ser resposta que vai dar ao assassinato dos militares. Irã em alerta máximo após morte de militares americanos
Hossein Salami, o chefe da Guarda Revolucionária do Irã afirmou nesta quarta-feira (31) que o país vai responder a um eventual ataque dos Estados Unidos.
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No domingo (28) militantes alinhados ao Irã atacaram com um drone uma base militar dos EUA na Jordânia e mataram três soldados. O governo dos EUA já afirmou que vai retaliar, mas ainda avalia qual deverá ser resposta que vai dar ao assassinato dos militares.
Salami afirmou que os iranianos ouviram ameaças vindas de autoridades norte-americanas. “Dizemos a elas que já nos testaram e agora nos conhecemos, nenhuma ameaça ficará sem resposta”, disse ele.
Ele citou “autoridades norte-americanas” porque o próprio presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou, sem dar detalhes, que decidiu responder ao ataque de drones realizado por grupos militantes alinhados ao Irã.
O enviado do Irã às Nações Unidas, Amir Saeid Iravani, também alertou na quarta-feira que os iranianos vão responder de forma decisiva a qualquer ataque ao seu território, seus interesses ou cidadãos iranianos fora de suas fronteiras.
Outros incidentes
O Irã tem enfrentado diversos inimigos em países do Oriente Médio. Em alguns dos casos, os iranianos atacaram, e em outros, foram atacados.
Em 15 de janeiro, o Irã atacou o que diz ser um “quartel-general de espionagem” israelense na região semi-autônoma do Curdistão iraquiano.
Os casos em que iranianos foram mortos foram os seguintes:
Ao menos sete guardas revolucionários iranianos foram mortos após ataques israelenses na Síria. Cinco membros morreram em 20 de janeiro, e outros dois em 25 de dezembro.
Na segunda-feira, outro ataque israelense atingiu um “centro de assessoria militar iraniano” na Síria, de acordo com a agência de notícias iraniana Tasnim. Duas pessoas morreram. O enviado do Irã à Síria negou os detalhes sobre o alvo e disse que as vítimas não eram iranianas.
Em janeiro de 2020, a Guarda Revolucionária atacou a base norte-americana de Ain al-Asad no Iraque após um ataque de drone dos EUA em Bagdá que matou Qassem Soleimani, o comandante da Força Quds de elite da Guarda Revolucionária do Irã.
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