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‘Foi a noite mais desastrosa da vida’, diz vizinha de pousada atingida por incêndio em Porto Alegre


10 pessoas morreram e 15 ficaram feridas. Incêndio ocorreu na madrugada desta sexta-feira (26) em Porto Alegre, no bairro Floresta. Seis pessoas estão internadas em estado grave. Iolita Oliveira mora em frente à pousada atingida por incêndio
Reprodução/RBS TV
Uma mulher que mora em frente à pousada atingida por um incêndio em Porto Alegre afirma que viveu “a noite mais desastrosa da vida”. Iolita Oliveira, 67 anos, reside em um edifício da Avenida Farrapos e presenciou o episódio, que vitimou 10 pessoas na madrugada desta sexta-feira (26).
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Ela mora há cerca de 20 anos em frente à pousada, que fica entre a entre as ruas Garibaldi e Barros Cassal. A aposentada relata que acordou após a chegada do Corpo de Bombeiros e diz que, ao abrir a porta para a sacada, deparou com fogo “por tudo que é lado”.
O espaço era frequentado por pessoas em vulnerabilidade social. A Prefeitura de Porto Alegre custeava a estadia de 16 pessoas no local.
Ao ser questionada se a presença de moradores em situação de rua aumentou recentemente na região, a moradora afirma que essa situação é comum.
“Sempre tem [moradores em situação de rua]. Em tudo que é lugar sempre tem e ninguém faz nada por essas pessoas, eu acho. Porque pegar uma casa dessas velhas, botar pessoas dentro, eu também não acho que é certo. Quer ajudar? Faça a coisa certa’’, afirma.
Bombeiros afirmam que prédio onde ocorreu incêndio não estava com PPCI regular
Uma mulher que prefere não ser identificada auxiliava os moradores da pousada no dia a dia com abordagem social. Ela acompanhou parte dos 15 feridos até hospitais e a outros abrigos.
“Tem sido muito sofrido desde a madrugada. Receber a informação de que pessoas que a gente há bastante tempo acompanha e luta pela garantia de direitos morreram, é o pior dos cenários que já enfrentamos”, diz, emocionada
Coletiva com o prefeito
Prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB)
Reprodução/RBS TV
Na tarde desta sexta-feira (26), o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), realizou uma coletiva de imprensa, no Centro Administrativo Municipal, para falar sobre a tragédia.
Melo determinou a instauração de uma apuração para investigar o contrato com a empresa responsável pela pousada. O prefeito também sugeriu rever o serviço de hospedagens de pousadas, já que o modelo atual permite a operação sem alvará.
Ao ser questionado sobre a ausência do Plano de Prevenção e Combate a Incêndio (PPCI), segundo os bombeiros, Melo responsabilizou a empresa que é dona do imóvel.
O prefeito também comentou que encaminhou para a investigação imagens de um homem saindo do local por volta das 2h. Porém, evitou comentar de que se trataria de um crime.
O município decretou luto oficial de três dias. Melo ainda disse, em uma rede social, que sua agenda está “dedicada à gestão para definição das medidas de acolhimento e apuração”.
Manifestação do prefeito Sebastião Melo sobre incêndio em pousada no RS
Reprodução/X
O incêndio
O incêndio atingiu uma pousada no bairro Floresta, em Porto Alegre, entre as ruas Garibaldi e Barros Cassal, no sentido Centro-bairro nesta sexta-feira (26). Os bombeiros chegaram por volta das 2h para combater as chamas. 10 pessoas morreram e 15 ficaram feridas.
Incêndio atingiu pousada e deixou mortos em Porto Alegre
Arquivo pessoal
Esse é o segundo maior incêndio da história da Capital em número de vítimas. O episódio foi superado apenas pelo incêndio das lojas Renner, em 1976, quando 41 pessoas morreram.
O Corpo de Bombeiros precisou cerca de três horas para conter o fogo, até às 5h. Eles revelam que os quartos eram muito próximos e que as chamas se espalharam rapidamente, afetando a saída dos moradores. Também afirma que o local não possuía plano de prevenção contra incêndio nem alvará para funcionar como atividade residencial.
A origem do incêndio ainda é desconhecida e deve ser revelada após o laudo do Instituto-Geral de Perícias (IGP).
O dono da pousada, Andre Luis Kologeski da Silva, diz que o incêndio teria sido intencional. O delegado da Polícia Civil, Leandro Bodoia, contesta essa versão. Ele também afirma que uma pessoa que morava no local tentou impedir o fogo com um colchão, dispersando as chamas ainda mais.
Incêndio em pousada em Porto Alegre
g1
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