
O episódio mais recente do Money Report reuniu três mulheres líderes em seus segmentos para debater como suas áreas de atuação — live commerce, filantropia estratégica e cultura do vinho — têm sido alavancas de transformação no mercado brasileiro. Em comum, a visão de que o lucro pode e deve caminhar ao lado de propósito, impacto e consciência social.
A conversa também reforçou a importância de se olhar para o futuro das novas gerações com responsabilidade, propondo ações concretas que vão além do discurso.
Live commerce e consumo mais engajado: o novo mercado de varejo com propósito
A primeira a falar foi Monique Lima, fundadora da Mimo Live Sales, plataforma pioneira em live commerce no Brasil. Monique explicou como o modelo de vendas ao vivo tem transformado a experiência de compra ao criar um canal de interação direta entre marcas e consumidores.
“O live commerce não é só sobre conversão, mas sobre criar comunidade. O consumidor hoje quer mais do que preço — ele quer conexão e transparência”, afirmou.
Monique destacou que o canal também empodera pequenas marcas e empreendedores, especialmente em nichos que demandam maior personalização e confiança. Segundo ela, a combinação de entretenimento, tecnologia e engajamento é um caminho promissor para o varejo do futuro.
Filantropia estratégica: mais impacto, menos assistencialismo
Na sequência, Carola Matarazzo, do Movimento Bem Maior, trouxe uma reflexão contundente sobre o papel da filantropia no Brasil. Para ela, o modelo tradicional de doações precisa dar espaço a uma abordagem mais estruturada, mensurável e alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
“Filantropia não pode mais ser uma ação isolada ou simbólica. É preciso pensar em impacto real, de longo prazo e com métricas claras”, destacou Carola.
Ela também ressaltou que o setor privado tem papel fundamental nessa transformação, e que empresas comprometidas com causas sociais não apenas fortalecem a reputação de suas marcas, mas constroem valor genuíno para a sociedade. A chamada “filantropia estratégica” se insere, portanto, como um eixo relevante no ESG (ambiental, social e governança).
Mercado de vinho como identidade, cultura e desenvolvimento econômico
Encerrando o episódio, Karene Vilela, CEO da Portus Cale e integrante da Câmara Portuguesa, trouxe um olhar sobre o setor de vinhos como vetor de cultura, economia e identidade. Ela explicou que o crescimento do mercado brasileiro de vinhos, especialmente os portugueses, tem sido acompanhado por um aumento na educação do consumidor e na valorização do enoturismo.
“O vinho vai além do consumo. Ele carrega história, geografia, relações sociais. Trabalhar com vinho é trabalhar com cultura e pertencimento”, afirmou Karene.
Ela também pontuou que a formação de novos apreciadores, especialmente entre os mais jovens, contribui para um setor mais sólido e consciente. O avanço do enoturismo, segundo Karene, também é uma oportunidade econômica para regiões produtoras e para a diversificação da cadeia turística brasileira.
Uma nova geração de líderes e consumidores mais conscientes
O episódio mostrou que, independentemente do setor, há uma nova geração de lideranças femininas comprometidas com a construção de mercados mais éticos, inclusivos e sustentáveis. Ao compartilharem suas experiências, as convidadas reforçaram que propósito, impacto e estratégia podem caminhar juntos — e que é possível transformar negócios em agentes de mudança.
Ao final da conversa, ficou claro que o futuro dos negócios no Brasil passa pelo comprometimento com causas maiores do que a rentabilidade imediata — e que iniciativas bem estruturadas, como as dessas três mulheres, têm o poder de influenciar positivamente o comportamento de consumidores, investidores e empresas.
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