Ministros do governo Lula que estiveram presentes no ato unificado das centrais sindicais em São Paulo para o Dia do Trabalhador fizeram declarações sobre as denúncias de fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e comentaram as principais pautas do 1º de Maio que mobilizam o debate público.
A manifestação, que ocorreu na zona norte da capital paulista, não contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Representando o governo federal estiveram no local os ministros Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência) e Luiz Marinho (Trabalho), e a ministra Cida Gonçalves (Mulher)
Macêdo disse que a ausência de Lula ocorreu por questões de ordem pessoal e lembrou que o presidente recebeu as entidades de representação dos trabalhadores e trabalhadoras ao longo da semana no Palácio do Planalto.
“O presidente recebeu as centrais sindicais para a entrega da pauta de reivindicação, do balanço das demandas do ano passado e para este ano. Foi feita uma marcha das centrais sindicais em Brasília representativa do Brasil inteiro. O presidente, de forma respeitosa e companheira, pelo segundo ano consecutivo, recebeu as centrais sindicais do Palácio do Planalto como símbolo de restabelecimento da democracia e da relação de diálogo com o movimento social e sindical organizado no país.”
Ao comentar as denúncias de fraude no INSS, o ministro defendeu investigação rigorosa e ressaltou que quem for responsabilizado terá que ser punido com o rigor da lei. Segundo ele, o governo cumpriu o papel que lhe cabe ao investigar a afastar os envolvidos. Macêdo disse ainda que, até o momento, não há nada que desabone o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT).
Luiz Marinho também comentou o assunto e disse que a permanência Lupi deve ser avaliada politicamente. Nas palavras dele, o governo vai tratar a questão com rigor para resolver o problema.
“Os trabalhadores lesados têm que ser restituídos, portanto, toda determinação do governo é para fazer a apuração doa a quem doer. As diretrizes e determinações do governo são para apurar a para resolver”, enfatizou.
O esquema de descontos fraudulentos em aposentadorias e pensões foi descoberto em operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU). As denúncias levaram ao afastamento do ex-presidente do órgão Alessandro Stefanutto e de outros quatro servidores.
A luta contra a jornada 6X1, que tomou conta do debate público nacional desde o ano passado, também foi mencionada pelos ministros que estiveram no ato. A pauta se tornou o principal tema do Dia do Trabalhador este ano, além de ser tópico permanente nas redes sociais. Eles sinalizaram que a demanda tem apoio do governo, mas que cabe ao Congresso Nacional levar o assunto adiante.