Recentemente, o governo norte-americano anunciou uma nova medida tarifária que promete transformar a indústria automotiva nos Estados Unidos. Com uma alíquota de 25% sobre automóveis e determinadas peças importadas, o objetivo declarado é incentivar as fabricantes a priorizarem a produção nacional, garantindo maior independência dos Estados Unidos em relação ao mercado externo.
No centro desse anúncio, feito pelo presidente Donald Trump no final de abril, está um detalhe importante: empresas automotivas poderão obter isenção total dessa tarifa, desde que seus veículos contenham pelo menos 85% de componentes produzidos domesticamente. A regra é específica e poucos veículos atualmente atendem a essa exigência elevada.
Entre todas as montadoras atuantes nos Estados Unidos, a empresa que mais claramente se destaca dentro desse critério é a Tesla, fundada por Elon Musk. De acordo com dados recentes da Fuel ARC, três modelos da marca já superam confortavelmente o percentual exigido de conteúdo doméstico: o Tesla Model Y, o Model Y Long Range e o Model 3 Performance.
Outras fabricantes também se aproximam do requisito, mas ainda não atingem o patamar necessário para se beneficiarem da isenção integral. Por exemplo, alguns modelos emblemáticos da Ford, como o Mustang GT, chegam próximos dos 80%, mas ainda ficam abaixo do limite estabelecido pelo governo norte-americano. O mesmo acontece com veículos da Honda, que, apesar de apresentarem boa parte da produção local, ainda permanecem na faixa dos 76,5%.
No entanto, nem todos os modelos da Tesla estão garantidos nessa lista especial. O tão aguardado Cybertruck possui apenas 82,5% de conteúdo doméstico, enquanto modelos mais luxuosos da marca, como o Model S e Model X, atingem apenas 80%. Isso significa que esses veículos da Tesla, apesar de populares, também estarão sujeitos às novas tarifas.
A medida gerou intensa discussão nas redes sociais. Diversos usuários expressaram descontentamento, sugerindo uma possível ligação entre os benefícios proporcionados pela nova regra e o envolvimento anterior de Elon Musk com figuras do governo Trump. Outros usuários manifestaram preocupação com o impacto no mercado automobilístico, especialmente no que diz respeito às opções de escolha para o consumidor final.
Enquanto isso, observadores do mercado estão atentos aos próximos passos de outras fabricantes automotivas. Espera-se que grandes montadoras reajustem suas estratégias de produção para não perder competitividade no mercado norte-americano. A nova política tarifária, portanto, poderá moldar significativamente o panorama automotivo nos próximos anos.
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