O presidente interino da Coreia do Sul, Han Duck-soo, renunciou ao cargo nesta quinta-feira (1º). Espera-se que ele concorra à eleição presidencial no dia 3 de junho e anuncie sua candidatura oficialmente na sexta-feira (2). Em seu lugar, assume a presidência interinamente o ministro das Finanças, Choi Sang-mok.
O país passa atualmente por uma crise política. Han ocupava o cargo desde o impeachment do ex-presidente Yoon Suk Yeol, em dezembro do ano passado, devido ao decreto de uma lei marcial para suspender o governo civil na Coreia do Sul. A lei marcial decretada por Yeol durou apenas seis horas e foi derrubada pelos legisladores da oposição.
Atualmente, o ex-presidente enfrenta um julgamento por insurreição. Yeol também foi indiciado nesta quinta-feira (1º) sob a acusação de abuso de poder após a declaração de lei marcial, informou a Promotoria sul-coreana.
“Prosseguimos com o julgamento [da insurreição] enquanto avançam as investigações complementares sobre abuso de poder que levaram a esta nova acusação”, afirmou a Promotoria em um comunicado.
Se for condenado por insurreição, o ex-mandatário poderá ser sentenciado à prisão perpétua ou à morte, embora a Coreia do Sul tenha mantido uma moratória não oficial sobre execuções desde 1997.
Novas eleições
Duck-soo é conservador e atuava antes como o premiê de Yoon. Seu principal adversário nas próximas eleições é o líder da oposição, Lee Jae-myung, do Partido Democrata. Ele lidera as intenções de voto, mas corre o risco de ficar fora do pleito por decisão da Suprema Corte.
Segundo o tribunal, Lee teria violado a lei eleitoral ao fazer “declarações falsas” durante a sua candidatura presidencial de 2022. Lee negou qualquer irregularidade. “Confiarei apenas no povo e seguirei em frente”, afirmou em uma nota publicada em sua página do Facebook.
*Com AFP