

Douver Braga é o brasileiro preso nos EUA por fraude com bitcoin de R$ 1,6 bilhões – Foto: Youtube/Reprodução/ND
A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (30) em endereços ligados à Douver Braga. Ele é o brasileiro preso nos Estados Unidos por fraude com bitcoin, com prejuízo estimado em US$ 290 milhões ou R$ 1,6 bilhão.
Douver Braga acumula processos no Departamento de Justiça dos EUA. Ele é acusado de atrair mais de 100 mil clientes americanos para um esquema onde elas foram vítimas de fraude com bitcoin.
As informações são do Metrópoles. Douver Braga é carioca, natural de Petrópolis (RJ) e fundador do Trade Coin Clube (TCC), empreendimento de criptomoedas que oferecia altos lucros aos investidores.
O empresário foi preso nos Estados Unidos, para onde foi extraditado em fevereiro após ser detido na Suíça. A operação que o prendeu e que cumpre os mandados de busca e apreensão conta com a cooperação do FBI, a polícia federal americana.
Segundo a Comissão de Valores Mobiliários americana, Douver Braga é suspeito de liderar um grupo responsável por um esquema internacional de fraudes. Ele morou nos EUA entre 2016 e 2021, período em que transferiu para suas contas ao menos US$ 50 milhões em Bitcoin de investidores.
Segundo as autoridades americanas, Braga “sacou e desviou fundos de investidores”.
Ao anunciar a extradição de Douver Braga, as autoridades americanas informaram que ele “comandou um esquema de fraude com mais de um século de existência, mas ele atualizou seu esquema Ponzi (pirâmide) com a novidade mais quente: bitcoin”.
Como funcionava golpe de brasileiro preso nos EUA
A TCC oferecia, conforme mostra a investigação, um serviço com base em robô que supostamente realizava milhões de microtransações com Bitcoins por segundo.
No entanto, a investigação apontou que não havia plataforma de investimento, nem o software sofisticado oferecido pelo TCC.
“Por meio de suas falsas promessas de investimentos sofisticados e altos retornos, Braga induziu dezenas de milhares de pessoas a confiar mais de 82.000 bitcoins, avaliados em mais de US$ 290 milhões no momento do investimento, e a depositá-los na TCC”, informou o Departamento de Justiça americana à época da extradição.
Braga se declarou inocente nos EUA, mas pode pegar até 20 anos de prisão caso condenado.
Após os investidores enfrentarem dificuldades para sacar os valores, a TCC, empresa de Braga, anunciou o encerramento das operações nos Estados Unidos em janeiro de 2018.
Operação quer apreender R$ 1,6 bilhão em bens de Douver Braga
Batizada de Operação Fantasos, a ação, diz a PF, tem como objetivo “combater a prática de crimes financeiros e lavagem de dinheiro por meio de criptoativos.”
Cerca de 50 policiais federais cumprem 11 mandados de busca e apreensão domiciliar nas cidades de Petrópolis (RJ) e Angra dos Reis (RJ).
Além das buscas, a Justiça autorizou o sequestro de bena no valor de até R$ 1,6 bilhão.