O desemprego no Brasil chegou a 7% no trimestre encerrado em março. A taxa é 0,8 ponto maior do que a registrada no trimestre encerrado em dezembro. No entanto, é a menor já verificada para este período do ano na história.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O instituto mede o desemprego no país por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua desde 2012.
Há um ano, o desemprego era de 7,9%.
Segundo o IBGE, a alta do desemprego no início do ano foi puxada pelo aumento no número de pessoas em busca de trabalho. A população desocupada cresceu 13,1% frente ao trimestre encerrado em dezembro – aumento de 891 mil pessoas.
Também contribuiu para o aumento da taxa de desocupação a queda da população ocupada do país. Ela recuou em 1,3 milhão de pessoas no trimestre.
“O bom desempenho do mercado de trabalho nos últimos trimestres não chega a ser comprometido pelo crescimento sazonal da desocupação. Ainda assim, mesmo com expansão trimestral, a taxa de desocupação do 1º trimestre de 2025 é menor que todas as registradas nesse mesmo período de anos anteriores”, explicou a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy.
O número de trabalhadores com carteira assinada não mudou do fim do ano passado para cá, permanecendo em 39,4 milhões. Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,5 milhões) caiu 5,3% no período.
O IBGE apontou que 38% dos trabalhadores ocupados do país estão na informalidade – sem direitos trabalhistas, como férias e 13º salário. Há três meses, a taxa era de 38,6% e, há um ano, 38,9%. “A retração da ocupação no primeiro trimestre ocorreu principalmente no emprego sem carteira relacionado à construção, serviços domésticos e educação”, acrescentou Beringuy.
O rendimento médio dos trabalhadores chegou a R$ 3.410, novo recorde na série iniciada em 2012. Houve uma alta de 1,2% no trimestre e de 4,0% no ano.