
Cantor Gutto Xibatada morreu no dia 23 de abril após complicações da doença. Caso acendeu alerta no estado. Gutto Xibatada.
Reprodução / Redes sociais
O Pará já teve 19 casos confirmados de Mpox até 23 de abril de 2025, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Duas mortes após complicações da doença ocorreram este ano.
Foram 14 casos em Belém; 3 em Ananindeua, 1 em Marituba e um caso importado de outro estado.
A doença gerou maior preocupação no estado depois da morte do cantor Gutto Xibatada, um dos óbitos contabilizados pela Sespa. O artista completaria 40 anos neste domingo (27).
De acordo com a secretaria, todos os óbitos tinham diagnóstico de MPOX, mas também apresentavam comorbidades, o que aumenta o risco de gravidade da doença.
O cantor paraense Gutto Xibatada morreu após complicações da doença na terça-feira (22). A causa da morte ainda está sendo confirmada, já que o paciente tinha comorbidades, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) de Belém.
A família informou que as complicações na saúde começaram depois do diagnóstico, dado em março. Guto teria contraído a doença infecciosa no final de 2024, durante uma viagem, e não havia revelado o quadro de saúde à família.
No dia da morte, Gutto chegou a ser internado com urgência no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Pronto Socorro Mário Pinotti, em Belém, mas não resistiu. Ele teve convulsões e febre. A família observou o agravamento da doença durante parte do tratamento em isolamento em casa, a pedido dos médicos.
Gutto era cantor de forró e realizava a “Varanda Xibatada” durante o Círio de Nazaré, onde reunia amigos e convidados para ver a procissão religiosa em Belém.
Secretária de Saúde do Pará confirma morte de paciente diagnosticado com Mpox
MPOX
A Mpox é uma zoonose viral, ou seja, é transmitida entre pessoas e animais. A transmissão se dá, por exemplo, por contato próximo a fluidos corporais de uma pessoa contaminada ou por arranhões ou mordida do animal com a doença. Alguns dos sintomas são dor de cabeça, gânglios inchados e erupções na pele.
A “varíola dos macacos”, como era então chamada a doença, foi identificada pela primeira vez justamente em colônias de macacos, em 1958.
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A infecção recebeu o mais alto nível de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) e também pode ser transmitida por roedores, como esquilos, e outros mamíferos, como até mesmo o cão doméstico. Por isso a mudança de nome.
A doença é causada pelo vírus chamado MPXV (do inglês, monkeypox virus). Esse vírus pertence à família dos Orthopoxvirus, um dos maiores e mais resistentes vírus de DNA já conhecidos.
Como ocorre a transmissão da Mpox:
A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com pessoas infectadas, materiais contaminados, pele lesionada ou fluidos corporais de indivíduos doentes, bem como objetos e superfícies contaminadas.
Como prevenir a Mpox:
Para prevenção, recomenda-se evitar o contato direto com pessoas suspeitas ou confirmadas da doença, não compartilhar objetos pessoais e manter a higienização adequada das mãos.
Em situações de necessidade de contato, é indicado o uso de luvas e máscaras.
O que fazer em caso de suspeita da Mpox:
Em caso de suspeita de Mpox, a orientação é procurar imediatamente uma unidade de saúde para avaliação e atendimento adequados.
Entenda como o vírus da mpox infecta o corpo humano.
Ana Moscatelli/Arte g1