
Lançado como a solução mais rápida e moderna para transferências bancárias, o Pix se tornou também o alvo preferido de quadrilhas digitais. Só em 2024, o Brasil registrou 4,7 milhões de fraudes com prejuízo recorde de R$ 6,5 bilhões. O crescimento de 80% em relação ao ano anterior acende um alerta vermelho para usuários e autoridades.
A confiança no sistema começou a ruir diante da lentidão na devolução dos valores. Apenas 7% das quantias desviadas voltaram para as vítimas, mesmo com o uso do Mecanismo Especial de Devolução, que tem se mostrado lento diante da agilidade criminosa. O PIX ainda precisa melhorar.
Contas laranja e sumiço relâmpago do dinheiro desafiam a polícia
As quadrilhas operam como verdadeiras empresas do crime digital. Utilizando contas laranja e múltiplas transferências em cadeia, os criminosos dificultam o rastreamento do dinheiro. O Dict, sistema que armazena as chaves Pix, tenta ajudar, mas se perde em meio ao emaranhado de transações simuladas com PIX.
Mesmo com tecnologia de ponta, a realidade mostra que os golpistas estão um passo à frente. O dinheiro desaparece em minutos e a identificação dos responsáveis vira uma corrida contra o tempo — muitas vezes, perdida.

Bancos apertam o cerco com novas regras que prometem virar o jogo
Diante do aumento alarmante dos golpes, o Banco Central decidiu agir. A partir de outubro, os bancos serão obrigados a oferecer pedidos de devolução diretamente nos aplicativos. A expectativa é que essa medida traga agilidade e alivie o sofrimento das vítimas. As novas regras esperam melhorar o PIX.
Além disso, o cerco digital está se fechando com a marcação de CPFs e CNPJs envolvidos em golpes e o reforço da parceria com a Polícia Federal. O objetivo é claro: sufocar a logística do crime e recuperar o controle do sistema.
O futuro do Pix depende de respostas rápidas e tecnologia de guerra
Para o Pix continuar sendo o protagonista das finanças brasileiras, será preciso mais que inovação — será preciso blindagem. A evolução do sistema terá que andar lado a lado com a inteligência policial e a vigilância digital.
A guerra contra as fraudes está longe do fim, mas os próximos passos serão decisivos. Com medidas robustas e ação coordenada, o Pix pode renascer mais forte e confiável. A pergunta que fica é: o Brasil está pronto para essa virada no PIX?
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