O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta sexta-feira (25) e sábado (26) das homenagens póstumas ao papa Francisco no Vaticano.
Neste sábado, Lula e comitiva estiveram na Missa de Exéquias do papa Francisco, no Vaticano. Após a cerimônia, Lula afirmou que o mundo perdeu a liderança religiosa mais importante do século até aqui.
“Eu acho que nós perdemos o líder religioso mais importante desse primeiro quarto do século 21. O papa Francisco não era apenas um papa, ele era uma emoção, ele era um coração, ele era um líder político. Ele se preocupava não apenas com a espiritualidade das pessoas, mas se preocupava com a guerra da Ucrânia, com a guerra de Gaza, se preocupava com a fome, se preocupava com as coisas que afligem o povo no mundo inteiro”, afirmou.
“As pessoas tinham efetivamente no Brasil um apreço muito grande pelo comportamento como homem, como religioso, do papa Francisco. Foi uma dívida que nós pagamos a um homem que prestou serviços à humanidade. Quisera Deus que o próximo papa fosse igual a ele, com o mesmo coração dele, com os mesmos compromissos religiosos dele, com os mesmos compromissos com o combate à desigualdade que teve o papa Francisco. Cumprimos o nosso dever como cristãos, como religiosos e como políticos de vir no enterro de uma pessoa admirável como o papa Francisco”, finalizou em rápida coletiva antes do embarque para voltar ao Brasil.
Guerras
Sobre a conversa de 15 minutos entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, antes do funeral do papa, Lula disse que “não pode intuir” o que foi dito, mas disse que o diálogo é o objetivo principal da comunidade global no caso.
“Eu acho que o que é importante é que se converse para ver se encontre uma saída para essa guerra, porque essa guerra está ficando sem explicação. Ninguém consegue explicar e ninguém quer falar em paz. E o Brasil continua teimando que a solução é a gente fazer com que os dois sentem na mesa de negociação e encontrem uma solução, não só para a Ucrânia e para a Rússia, mas também para a violência que Israel comete contra a Faixa de Gaza.”
Na sexta, Lula e uma comitiva de lideranças dos três Poderes estiveram na Basílica de São Padro, em Roma, para o funeral papal. Após a passagem do grupo pela cerimônia, Lula exaltou o legado do pontífice, em publicação nas redes sociais.
“Eu e Janja estivemos há pouco em comitiva na Basílica de São Pedro, em Roma, na nossa primeira despedida ao Papa Francisco, compartilhando a emoção e a devoção com todos que vieram prestar as merecidas homenagens ao Santo Padre. Que sua sabedoria, coragem e compaixão sigam iluminando os corações de todos nós”, publicou.

Compunham a comitiva brasileira, além da primeira-dama, Janja da Silva, a ex-presidenta Dilma Rousseff, atual presidenta do Banco do Brics, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Mota (Republicanos-PB).
Participaram também o ex-chanceler Celso Amorim, e os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Ricardo Lewandowski (Justiça), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos), além de parlamentares.